sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Não asguento




As universidades de verão

O verão acabou e as suas universidades também.
Já foi há algum tempo, mas certas “lições” nelas proferidas “aborreceram-me” pela imbecilidade demonstrada por alguns dos “professores” e na altura, confesso, não asguentei.
Tive vontade de dar bengaladas, de rasgar jornais, de martelar televisões mesmo as de alta tecnologia e com “pivotes” lindas.
Sim, não asguentei.
Estou duvidoso que este neologismo de maravilhoso som não tenha sido contemplado no também maravilhoso acordo ortográfico (o qual na televisão com serviço público – assunto muito actual – é caracterizado com a frase “como se fala em bom português”; o outro aparentemente era mau português).
Mas, adiante.
Como é bom estar a par das universidades de verão do PSD e do PS.
Universidades de “líderes” (com ou sem assento agudo?) como em Angola.
Como é reconfortante e animador ouvir Paulas, Rangeles e Seguros orientar os “chefes” de amanhã cuja “profissão” será a política, a gestão da coisa pública e, sobretudo, da coisa deles.
É simplesmente lindo. 
E quem paga estes imbecis tempos de antena quem é, quem é?
As Paulas (inesperadas defensoras da iniciativa pública e dos seus indispensáveis funcionários, os quais são muitos diz ela)? Os Rangeles (que acenam com uma guerra europeia, e aqui os ignorantes devemos ser nós)? Os Seguros (até quando será o desgraçado – embora, o que não é pouco, detentor da máquina do partido - “líder” de um dos partidos do “arco do poder”)?
Não não, quem paga somos nós massa amorfa e ignorante que necessita de ensinamentos.
O Sr. Cavaco (primeira figura do Estado, responsável pelo “regular funcionamento das instituições democráticas”, chefe supremo das forças armadas e licenciado em finanças e doutorado em economia pública – e veja-se o estado em que as finanças e a economia continuam a estar neste desgraçado país - é mestre nesta matéria e na da de como acabar com a agricultura, as pescas, a pequena indústria, etecetera-e-tal, e na dos bolos-reis e na das economias dele e da D. Maria (não a do Prof. Oliveira Salazar – humilde governanta – não, a dele, a primeira dama de Portugal).
Deixei de fora a criatura Relvas e a sua extraordinária (sim, sem qualquer exagero) licenciatura, que é um insulto aos honestos licenciados.
Quanto ao Sr. Portas, licenciado “de facto” em direito pela Universidade Católica e ex-PSD (1979), quais submarinos qual quê, inocentes criaturas. Não! É tempo de rever o acordo com o PSDzinho (o rapaz de parvo não tem nada).
Estive, estou, enjoado, enojado, revoltado.
Mas que fazer?
Olhem: desabafar.
Desculpem.
                                                                                                     

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