Hoje, ontem e anteontem é um conjunto de mentirosos que governa Portugal.
Desde um ex- Primeiro-Ministro preso , passando por ex-ministros arguidos até ex-governantes ou altas personalidades partidárias condenadas, presas ou em vias de o ser, há de tudo.
Desde um ex- Primeiro-Ministro preso , passando por ex-ministros arguidos até ex-governantes ou altas personalidades partidárias condenadas, presas ou em vias de o ser, há de tudo.
Uma vergonha comparável ao escândalo brasileiro do mensalão. Mas se lá há
uma espécie de “impeachment” por cá fica tudo a assobiar para o lado. Nem vale
a pena referir os submarinos ou as
dúvidas muito mal esclarecidas das acções da SLN.
Não vale a pena, com mais ou menos trigo ou mandioca, é tudo farinha do mesmo saco para vergonha de quem a tenha.
Não vale a pena, com mais ou menos trigo ou mandioca, é tudo farinha do mesmo saco para vergonha de quem a tenha.
Vem isto a propósito da última informação da Unidade Técnica de Apoio
Orçamental (UTAO) na sua análise à execução orçamental do mês de Outubro
entregue esta quinta-feira dia 2 aos deputados da Assembleia da República. Os
dados revelam que em Novembro, o anterior Governo usou mais de metade da
dotação provisional prevista para todo o ano. Ou seja a
“almofada orçamental” foi à vida sacrificada pelas promessas eleitorais do
PáF.
Vergonha. Esta maltazinha tem o desplante de interrogar o actual governo, durante
a discussão do seu programa eleitoral na Assembleia da República, sobre uma sua
garantia do cumprimento do deficit de 2,7% por eles fixado!
Infelizmente, há cegueira por parte do actual governo que deveria, pelo
menos, comentar as conclusões do UTAO e alertar para as suas consequências no próximo orçamento.
Passos Coelho começou a sua acção governamental com promessas mentirosas.
Quem não se lembra da sua campanha eleitoral de 2011 em que era negada a
intenção de corte nas pensões e nos vencimentos da função pública? Foi o que se
viu: cortes em pensões e salários e o maior aumento de impostos na história
recente da política portuguesa, de acordo com o insuspeito ex-ministro das
finanças Victor Gaspar. Não se discute a necessidade apenas a mentira.
E Passos Rabbit continuou na mentira na campanha eleitoral de 2015.
Prometeu, na altura, a devolução de 35% da sobretaxa do IRS que hoje se revela
ser de zero%, garantiu que a resolução do BPN não traria custos para o contribuinte, informou (ufano) sobre a existência de uma confortável almofada financeira (ainda existe?) que seria suficiente para alguns meses de dificuldades e por aí
fora.
O que, paranoicamente ou não, o PáF tem é a preocupação de sublinhar que
toda aquela mentira foi uma inevitável (!) consequência da irresponsabilidade
do governo socrático que deixou o país à beira da banca rota. Graças a Deus, perdão,
a eles segundo eles, tudo foi salvo pela “responsável” acção do governo da
coligação PSD/CDS. Vê-se. Não falta lata mas falta vergonha.
Portugal tem sofrido na última década de uma doença: a mentira governamental.
A mentira.
Com Pinto de Sousa (vulgo Sócrates) era paranóica, com Rabbit e Paulinho é
medida e planeada muito conscientemente.
O que é pior: um irresponsável que transfere o seu delírio para a esfera da
governação ou um convencido da sua importância nacional e europeia e que mente
sistematicamente na sua acção governativa, em particular em período eleitoral?
São ambos maus, mas um é inimputável e o outro não.
O actual governo do PS deveria ter como prioritária uma auditoria à
actuação do desgoverno de Pedro e Paulo, nomeadamente nos domínios das finanças,
da economia e das privatizações (muito pouco transparentes). Não me admiraria se
aparecesse muita porcaria por baixo do tapete.
É que há heranças e heranças. Por
exemplo, a de Salazar com toneladas de ouro e sectores primário e secundário
da economia em boa forma e a de hoje com um Portugal de mão estendida à
Europa e reduzido a um fraco sector terciário que sem o turismo seria nada.
Se, segundo proposta aberrante e constitucionalmente impossível, deveria haver novas eleições de modo a avaliar se os votos no PS se manteriam num cenário de eventual apoio parlamentar do PCP e do
BE a uma sua alternativa de governo, seria de inteira coerência idêntica proposta que comprovasse que os votos no
PáF se manteriam caso fossem conhecidas as mentiras eleitorais que hoje a UTAO revela e comprova.
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