Vatileaks designa um
presumível escândalo no Vaticano relacionado com corrupção, conspiração,
homosexualidade.
O termo foi utilizado pelo porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi , sacerdote jesuíta
nomeado por Bento XVI para Director de Imprensa da Santa Sé.
O escândalo data de 2012 e, inicialmente, dizia respeito a corrupção financeira. O livro do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, “Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI”, revela as finanças pessoais do Papa e casos de suborno para a obtenção de audiências com ele, dando, também, uma imagem do Vaticano como antro de intrigas e de confrontos entre facções rivais.
Posteriormente, as dimensões do escândalo aumentaram com um alerta sobre ameaças de morte contra o Papa. Quem não se lembra das estranhas circunstâncias da inesperada e súbita morte do Papa João Paulo I em 1978 e dos rumores de então sobre a relação dessa morte com as ligações do Banco do Vaticano ao Banco Ambrosiano?
Bento XVI, face aos acontecimentos, teria encarregado três veneráveis membros da cúria para a análise da questão tendo esta conduzido a um relatório que a imprensa italiana classificou como uma “bomba-relógio”. Dizem que o relatório tem mais de 300 páginas e constitui uma exaustiva análise dos males que “residem” na Santa Sé, incluindo a homosexualidade e a pedofilia. Encontra-se, diz-se, arquivado no Vaticano sob o selo da confidencialidade e do secretismo e para exclusiva consulta do futuro Papa, por ordem de Bento XVI que proibiu o seu acesso aos cardeais.
O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, escreveu que o Papa se transformou num “pastor cercado por lobos” e o jornal “Il Fatto Quotidiano” revela a presumível existência de uma carta do cardeal colombiano Darío Hoyos endereçada ao Papa na qual o avisa sobre uma conspiração, com risco de vida para o Papa, envolvendo o Secretário de Estado Tarcisio Bertone e o arcebispo siciliano de Palermo, com o objectivo de eleger como chefe da Igreja o actual arcebispo de Milão Angelo Scota. http://www.ilfattoquotidiano.it/2012/02/10/complotto-di-morte-benedetto-xvi/190221/
O facto de Ratzinger ter tentado dar transparência às finanças do Vaticano e de defender a máxima severidade para com o clero envolvido em assédios ou abusos sexuais, reduz a incredibilidade desta fantástica história de conspiração, própria dos conturbados séculos IX a XII durante os quais cerca de doze papas foram assassinados.
Segundo o jornal “La Repubblica”, o escândalo “Vatileaks” está na base da resignação de
Bento XVI.
Há anos, Bento XVI, numa entrevista ao jornalista alemão Peter Seewald, declarou que um Papa que “tem a clara consciência de que não está bem física e espiritualmente para levar em frente a função que lhe foi confiada, tem o direito e, em algumas circunstâncias, o dever de se demitir”.
O termo foi utilizado pelo porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi , sacerdote jesuíta
nomeado por Bento XVI para Director de Imprensa da Santa Sé.
O escândalo data de 2012 e, inicialmente, dizia respeito a corrupção financeira. O livro do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, “Sua Santidade, as Cartas Secretas de Bento XVI”, revela as finanças pessoais do Papa e casos de suborno para a obtenção de audiências com ele, dando, também, uma imagem do Vaticano como antro de intrigas e de confrontos entre facções rivais.
Posteriormente, as dimensões do escândalo aumentaram com um alerta sobre ameaças de morte contra o Papa. Quem não se lembra das estranhas circunstâncias da inesperada e súbita morte do Papa João Paulo I em 1978 e dos rumores de então sobre a relação dessa morte com as ligações do Banco do Vaticano ao Banco Ambrosiano?
Bento XVI, face aos acontecimentos, teria encarregado três veneráveis membros da cúria para a análise da questão tendo esta conduzido a um relatório que a imprensa italiana classificou como uma “bomba-relógio”. Dizem que o relatório tem mais de 300 páginas e constitui uma exaustiva análise dos males que “residem” na Santa Sé, incluindo a homosexualidade e a pedofilia. Encontra-se, diz-se, arquivado no Vaticano sob o selo da confidencialidade e do secretismo e para exclusiva consulta do futuro Papa, por ordem de Bento XVI que proibiu o seu acesso aos cardeais.
O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, escreveu que o Papa se transformou num “pastor cercado por lobos” e o jornal “Il Fatto Quotidiano” revela a presumível existência de uma carta do cardeal colombiano Darío Hoyos endereçada ao Papa na qual o avisa sobre uma conspiração, com risco de vida para o Papa, envolvendo o Secretário de Estado Tarcisio Bertone e o arcebispo siciliano de Palermo, com o objectivo de eleger como chefe da Igreja o actual arcebispo de Milão Angelo Scota. http://www.ilfattoquotidiano.it/2012/02/10/complotto-di-morte-benedetto-xvi/190221/
O facto de Ratzinger ter tentado dar transparência às finanças do Vaticano e de defender a máxima severidade para com o clero envolvido em assédios ou abusos sexuais, reduz a incredibilidade desta fantástica história de conspiração, própria dos conturbados séculos IX a XII durante os quais cerca de doze papas foram assassinados.
Segundo o jornal “La Repubblica”, o escândalo “Vatileaks” está na base da resignação de
Bento XVI.
Há anos, Bento XVI, numa entrevista ao jornalista alemão Peter Seewald, declarou que um Papa que “tem a clara consciência de que não está bem física e espiritualmente para levar em frente a função que lhe foi confiada, tem o direito e, em algumas circunstâncias, o dever de se demitir”.
Aconteceu.
Sem comentários:
Enviar um comentário