sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Os pagodes e a Polónia

A bandeira portuguesa que foi hasteada à entrada da sede do Conselho Europeu tinha pagodes em vez de castelos.                         
            
Note-se que os castelos no escudo de Portugal datam de Afonso III que não tinha direito, por não ser o filho primogénito, ao escudo do seu pai Afonso II (cruz azul em campo branco). Afonso III, grande rei, roubou o trono ao seu irmão D. Sancho II, fraco rei.
Tendo-se divorciado da condessa de Bolonha, sua primeira mulher, foi buscar os castelos à segunda, D. Beatriz de Castela filha de Afonso X, “ O sábio”, rei de Leão e Castela.(os castelos nada têm a ver com um símbolo da reconquista a sul do rio Tejo).
O ruído mediático criado à volta deste acontecimento (provavelmente devido ao incontornável “made in China”, seja nos electrodomésticos, seja nos logótipos…) é incompreensivelmente maior do que o pudícamente informado nos nossos “media” quando da cerimónia na Câmara Municipal de Lisboa no dia 5 de Outubro: a bandeira de “pernas para o ar”        
Entre estas duas aberrações que o português escolha a mais afrontosa, sobretudo tendo em atenção que hoje em dia o poder ignora o pagode.  
Por mim, já escolhi sem quaisquer dúvidas. 
Outra “gaffe” (“petite bêtise”) foi a produzida pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden. 
"Temos visto, recentemente, passos positivos para resolver a crise na zona euro, com o Banco Central Europeu a comprometer-se a apoiar os países dispostos a iniciar reformas e com a Grécia, Irlanda, Polónia, Espanha e Itália a darem passos importantes de modo a colocarem as suas economias num caminho mais sólido" . Acontece, no entanto, que (dados de 2011) a Polónia tem:
uma taxa de desemprego de 12%; 
uma dívida pública de 57,7% do PIB;
uma taxa de crescimento de 3,8%.
Quais os números de Portugal?
É melhor esquecer… 
Foi ”gaffe”, o que não é de admirar tendo em atenção a anormal e enorme ignorância dos
americanos no que se refere ao resto do mundo, mas não é mau para Portugal. Se tivesse
sido o Uganda...
Não?

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