“Por coincidência” os que armazenavam o material de guerra mais sensível.
Estão
situados no local mais distante das circulações de acesso. A rede de vedação
foi cortada em duas zonas, o sistema de vídeo-vigilância encontra-se avariado
há cerca de dois anos, as torres de vigilância foram desactivadas e o
patrulhamento não é permanente e realiza-se com intervalos de 20 horas por pessoal com as armas sem munições (desde 1980) "para evitar acidentes"...
Assim,
a zona esteve de dia sem qualquer vigilância, não foi patrulhada pelo menos
durante 20 horas e, na noite do assalto, não foram efectuadas quaisquer rondas.
Incúria
e fuga de informação de origem interna são, desde já as conclusões que se podem
tirar sem grandes processos de inquérito. Por cá, em entrevista a uma estação
de televisão, o Chefe do Estado-Maior do Exército, o Sr. General Carlos
Jerónimo, garantiu que a identificação do material roubado estava concluída e
que incluía toda a correspondente informação. O exército português não quis
divulgar qualquer lista.
Por
lá, na nossa vizinha Espanha, o jornal “El Español” publicou a lista de
material roubado e que excede em muito a parca informação prestada pelas nossas
autoridades:
Esta lista, já desmentida pelo Ministério da Administração Interna, revela a extensão do roubo e a sua extrema gravidade, em nada comparáveis com as 57 pistolas roubadas no início do ano na Direcção Nacional da PSP ou com o roubo de 10 armas de guerra de uma das companhias de comandos do batalhão sediado na Serra da Carregueira, ocorrido no final do ano passado. Claro que não se deve esquecer que, há cerca de um ano, um sargento-chefe de um regimento de paraquedistas foi detido no âmbito de uma operação de combate ao tráfego de armas, porque aqui está a razão do roubo o qual também poderá ter como mandante o crime organizado.
Esta lista, já desmentida pelo Ministério da Administração Interna, revela a extensão do roubo e a sua extrema gravidade, em nada comparáveis com as 57 pistolas roubadas no início do ano na Direcção Nacional da PSP ou com o roubo de 10 armas de guerra de uma das companhias de comandos do batalhão sediado na Serra da Carregueira, ocorrido no final do ano passado. Claro que não se deve esquecer que, há cerca de um ano, um sargento-chefe de um regimento de paraquedistas foi detido no âmbito de uma operação de combate ao tráfego de armas, porque aqui está a razão do roubo o qual também poderá ter como mandante o crime organizado.
(ler: http://observador.pt/2017/07/04/tancos-missoes-no-medio-oriente-investigadas-havia-lista-das-armas-a-roubar/).
Resumindo,
quem roubou sabia aonde ia, qual a melhor altura e quais os meios necessários.
Que
tudo deve ser averiguado até ao mais pequeno detalhe. Pois, como é hábito e
entretanto?
Não
há responsáveis para além do tenente-coronel e quatro coronéis comandantes de
algumas unidades militares de Tancos? O Ministro da Defesa assume a
responsabilidade política (?) e fica-se por aí? O Chefe do Estado-Maior do
Exército não vê razões para se demitir? E o Chefe do Estado-Maior das forças
armadas também não? Fica-se pelo “mexilhão” (com todo o respeito pelos cinco
comandantes exonerados)? Claro que sim, é o hábito aqui no país.
PS:
Estranho. Marcelo que fala por tudo e por nada tem estado calado! Provavelmente
à espera de informação mais concreta…
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