Não é CR7 que me incomoda, bem pelo contrário. Foi o único que fez um
discurso frontal e direitinho. Disse logo que sabia que a decisão era
controversa.
Do outro lado, Marcelo aplaudiu a ideia (pudera, ele aplaude sempre e na
hora o que o povo gosta de ser aplaudido!), António Costa também (claro, as
eleições estão à porta…) e os bem pensantes seguiram os chefes da manada. Mas
não deixa de ser uma besteira.
Cristiano é um pingozinho na história da Madeira, de Portugal. Será que
daqui a 50 anos alguém saberá quem ele foi. Puskas? Di Stefano? Quem ainda se
lembra? Só os entendidos da bola maiores de 70 anos (e a bola para além de ser
um dos "ópios do povo" o que é?).
O nome de uma avenida, de um aeroporto, de uma ponte, de uma vila não
deve ser dado a qualquer um, sobretudo quando o passado é muito leve ou nem
sequer existe como é o caso.
Alternativas? Algumas óbvias e aqui vão alguns exemplos.
Alberto João Jardim pode incomodar muita gente mas sem ele, sem a sua
acção, a Madeira nunca seria o que é passados pouco mais de quarenta anos do 25.
Depois e ainda nos tempos de "hoje", haveria Sacadura Cabral e Gago
Coutinho, aviadores de excepção, que realizaram a primeira travessia aérea do
Atlântico Sul (sei que a Madeira está no Atlântico Norte…).
Figuras ilustres não ficam por aqui. Por exemplo (e, peço desculpa, mas não
estou para me esforçar mais), Gonçalves Zarco, um dos descobridores da Madeira,
primeiro capitão da capitania do Funchal que o Infante D. Henrique escolheu
para promover o povoamento da ilha e que por lá morreu.
Marcelo e Costa avalizaram com enorme ligeireza e sede de votos uma
irresponsável decisão do parlamento da Madeira.
Uma besteira e o busto outra.
Mais um cromo, sem culpa de o terem erigido a tal:
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