sábado, 1 de abril de 2017

Cristiano e o aeroporto do Funchal



Não é CR7 que me incomoda, bem pelo contrário. Foi o único que fez um discurso frontal e direitinho. Disse logo que sabia que a decisão era controversa.
Do outro lado, Marcelo aplaudiu a ideia (pudera, ele aplaude sempre e na hora o que o povo gosta de ser aplaudido!), António Costa também (claro, as eleições estão à porta…) e os bem pensantes seguiram os chefes da manada. Mas não deixa de ser uma besteira.
Cristiano é um pingozinho na história da Madeira, de Portugal. Será que daqui a 50 anos alguém saberá quem ele foi. Puskas? Di Stefano? Quem ainda se lembra? Só os entendidos da bola maiores de 70 anos (e a bola para além de ser um dos "ópios do povo" o que é?).
O nome de uma avenida, de um aeroporto, de uma ponte, de uma vila não deve ser dado a qualquer um, sobretudo quando o passado é muito leve ou nem sequer existe como é o caso.
Alternativas? Algumas óbvias e aqui vão alguns exemplos.
Alberto João Jardim pode incomodar muita gente mas sem ele, sem a sua acção, a Madeira nunca seria o que é passados pouco mais de quarenta anos do 25. Depois e ainda nos tempos de "hoje", haveria Sacadura Cabral e Gago Coutinho, aviadores de excepção, que realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul (sei que a Madeira está no Atlântico Norte…).
Figuras ilustres não ficam por aqui. Por exemplo (e, peço desculpa, mas não estou para me esforçar mais), Gonçalves Zarco, um dos descobridores da Madeira, primeiro capitão da capitania do Funchal que o Infante D. Henrique escolheu para promover o povoamento da ilha e que por lá morreu.
Marcelo e Costa avalizaram com enorme ligeireza e sede de votos uma irresponsável decisão do parlamento da Madeira.
Uma besteira e o busto outra.
Mais um cromo, sem culpa de o terem erigido a tal:


Sem comentários:

Enviar um comentário