quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os Toinos e o futuro de Portugal



                             
Ontem a televisão nacional ficou “vidrada” com um acontecimento de suprema importância. Na prática, uma disputa para a liderança do Partido Socialista mas na visão de jornalistas e de comentadores políticos nada mais nada menos do que o futuro da governação de Portugal (o putativo futuro primeiro ministro) e, também, (imagine-se!) no caso de um dos Toinos, do futuro candidato a Presidente da República de Portugal (porque não? tem-se visto de tudo).
Neste hipotético caso, o Toino passará do burrico da Calçada de Carriche para um carro topo de gama com a flâmula verde da presidência, ladeado por homens de preto, óculos escuros e auriculares, precedido e antecedido por ampla comitiva motorizada (violando as mais elementares regras de trânsito) e pelos indispensáveis batedores da GNR (insultados arrogantemente, se bem se lembram, com a total passividade dos seus chefes, pelo “senador” Soares).

O acontecimento (semelhante em muitos aspectos ao que se passa no Sporting Clube de Portugal) e que é um grão de poeira quando comparado com seja o que for e, sobretudo, com a onda gigante da Nazaré que, ela sim, mereceu amplo destaque nos órgãos de comunicação internacionais, teve um final feliz. 
Um Toino ficou (por enquanto) como lider do PS e declarou que logo que seja possível será convocado um congresso (o “onde está a pressa?” passou à história), o outro Toino anunciou a sua candidatura a presidente da Câmara Municipal de Lisboa e avisou o outro que se não tivesse juízo as coisas não ficariam por ali.

No fim de “deslealdades nunca vistas” e de “confrontações indesejáveis” ficou tudo resolvido.

Emocionante.

Portugal está salvo.

Uf.

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