Ontem a televisão
nacional ficou “vidrada” com um acontecimento de suprema importância. Na
prática, uma disputa para a liderança do Partido Socialista mas na visão de
jornalistas e de comentadores políticos nada mais nada menos do que o futuro da
governação de Portugal (o putativo futuro primeiro ministro) e, também,
(imagine-se!) no caso de um dos Toinos, do futuro candidato a Presidente da
República de Portugal (porque não? tem-se visto de tudo).
Neste hipotético
caso, o Toino passará do burrico da Calçada de Carriche para um carro topo de
gama com a flâmula verde da presidência, ladeado por homens de preto, óculos
escuros e auriculares, precedido e antecedido por ampla comitiva motorizada
(violando as mais elementares regras de trânsito) e pelos indispensáveis
batedores da GNR (insultados arrogantemente, se bem se lembram, com a total
passividade dos seus chefes, pelo “senador” Soares).
O acontecimento
(semelhante em muitos aspectos ao que se passa no Sporting Clube de Portugal) e
que é um grão de poeira quando comparado com seja o que for e, sobretudo, com a
onda gigante da Nazaré que, ela sim, mereceu amplo destaque nos órgãos de
comunicação internacionais, teve um final feliz.
Um Toino ficou (por enquanto)
como lider do PS e declarou que logo que seja possível será convocado um
congresso (o “onde está a pressa?” passou à história), o outro Toino anunciou a
sua candidatura a presidente da Câmara Municipal de Lisboa e avisou o outro que
se não tivesse juízo as coisas não ficariam por ali.
No fim de
“deslealdades nunca vistas” e de “confrontações indesejáveis” ficou tudo
resolvido.
Emocionante.
Portugal está
salvo.
Uf.
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