Quem estudar a História de Portugal apercebe-se que o nosso povo trabalha
melhor com regimes políticos nos quais a autoridade não se encontra dispersa
mas centrada num líder eleito para governar, por exemplo um regime
presidencialista.
Não encontro melhor exemplo na nossa história do que a antítese entre o reinado de D. Sancho II e o do seu irmão D. Afonso III.
Um, preocupado com as batalhas que se impunham, delegava a sua autoridade em terceiros e estava completamente ausente dos problemas do Estado. O outro, reinou para concentrar o Poder. Um era um esforçado guerreiro, displicente com os problemas que afectavam a sua governação (guerra civil, conflito com o Papado), o outro, seu benjamim, divorciou-se da sua 1ª mulher, a condessa de Bolonha, casou com uma castelhana (daí provêm os castelos do seu estandarte, presentes nas armas e Porugal) e acabou praticamente com a guerra civil. Sempre tive simpatia por um e alergia pelo outro, embora reconheça que um foi um fraco rei e o outro, mau irmão, uns dos melhores que Portugal teve.
Mas há outros exemplos, começando logo com D. Afonso Henriques. Afastou a influência da nobreza galega, para ser rei declarou-se subdito do Papa, alargou a Norte as fronteiras de Portugal que se perderam com o desastre de Badajoz. Depois, D. Afonso III que, pelo Tratado de Badajoz (1267), integrou na coroa portuguesa o Algarve, D. Diniz que terminou com a contestação ao poder real, e que, pelo tratado de Alcanizes (1207), confirma o Algarve como território de Portugal e define as actuais fronteiras. Portugal é, desde então o país europeu com as mais antigas fronteiras. Depois, há reis que não marcaram a história pelos seus feitos e chega-se a D. João I iniciador da presença portuguesa no norte de África com a conquista de Ceuta e pai da ínclita geração. Salta-se quase de imediato, para o grande rei D. João II (“El hombre” segundo Isabel a Católica) seguindo-se (após D. Manuel “o venturoso” das mercearias e o louco “desejado” Sebastião) a desgraça com os castelhanos Filipes.
Não encontro melhor exemplo na nossa história do que a antítese entre o reinado de D. Sancho II e o do seu irmão D. Afonso III.
Um, preocupado com as batalhas que se impunham, delegava a sua autoridade em terceiros e estava completamente ausente dos problemas do Estado. O outro, reinou para concentrar o Poder. Um era um esforçado guerreiro, displicente com os problemas que afectavam a sua governação (guerra civil, conflito com o Papado), o outro, seu benjamim, divorciou-se da sua 1ª mulher, a condessa de Bolonha, casou com uma castelhana (daí provêm os castelos do seu estandarte, presentes nas armas e Porugal) e acabou praticamente com a guerra civil. Sempre tive simpatia por um e alergia pelo outro, embora reconheça que um foi um fraco rei e o outro, mau irmão, uns dos melhores que Portugal teve.
Mas há outros exemplos, começando logo com D. Afonso Henriques. Afastou a influência da nobreza galega, para ser rei declarou-se subdito do Papa, alargou a Norte as fronteiras de Portugal que se perderam com o desastre de Badajoz. Depois, D. Afonso III que, pelo Tratado de Badajoz (1267), integrou na coroa portuguesa o Algarve, D. Diniz que terminou com a contestação ao poder real, e que, pelo tratado de Alcanizes (1207), confirma o Algarve como território de Portugal e define as actuais fronteiras. Portugal é, desde então o país europeu com as mais antigas fronteiras. Depois, há reis que não marcaram a história pelos seus feitos e chega-se a D. João I iniciador da presença portuguesa no norte de África com a conquista de Ceuta e pai da ínclita geração. Salta-se quase de imediato, para o grande rei D. João II (“El hombre” segundo Isabel a Católica) seguindo-se (após D. Manuel “o venturoso” das mercearias e o louco “desejado” Sebastião) a desgraça com os castelhanos Filipes.
Restabelecida a independência, os reis são ricos mas fracos até D. José I que
tem um forte 1º ministro, o Marquês de Pombal que combateu a
aristocracia, eliminando toda e qualquer oposição, e cuja personalidade ainda
hoje, passados mais de 250 anos, é discutida entre a repulsa e a admiração.
Depois, quem? D. João VI? Mais ninguém.Veio a República. Em 16 anos (1910-1926) houve 7 parlamentos, 8 presidentes
da República, 45 governos, 40 chefias de governo. Nela, destacou-se Afonso
Costa que conseguiu, como ministro das finanças, um superavit nos orçamentos de
1913-1914 e 1914-1915.Leia-se:
Hoje, vive-se num regime semi-presidencialista (que só o é porque os
partidos receiam a existência de um presidente poderoso), um parlamento repleto
de compadres, filhos, tios e sobrinhas e com gente que nunca fez nada na vida,
que nunca teve profissão que merecesse esta designação e que auferem de um
belíssimo salário e de diversas benesses. Desinformam com uma arrepiante
iliteracia, deseducam pela ignorância e pelo exemplo, legislam no completo
desconhecimento da realidade e com a preocupação de deixar marca histórica,
tratam as contas do Estado com precisão imbecil, erram cálculos e construções,
enganam o consumidor, atendem por favor os contribuintes.
Tudo impunemente ou a esclarecer oportunamente, por uma comissão de inquérito.
Há muitos boys e girls, por vezes arrogantes, descobrindo-se, depois de saírem do cargo, que alguns sofreram da praga da corrupção.
Que fazer, então, para além de impossíveis bengaladas como os camponeses dão às bestas?
Talvez:
Descentralizar, reformar o sistema eleitoral para aumentar a contribuição dos cidadãos e eliminar o monopólio dos partidos (o sistema britânico poderia ser inspiração), adoptar um sistema presidencialista (como em França e na Alemanha mas não como na Rússia de Putin).
Três passos (haveria mais) que mudariam muito o regime político garantindo a democracia e que podem ser indispensáveis para uma efectiva implementação de reformas que são tão necessárias.
Tudo impunemente ou a esclarecer oportunamente, por uma comissão de inquérito.
Há muitos boys e girls, por vezes arrogantes, descobrindo-se, depois de saírem do cargo, que alguns sofreram da praga da corrupção.
Que fazer, então, para além de impossíveis bengaladas como os camponeses dão às bestas?
Talvez:
Descentralizar, reformar o sistema eleitoral para aumentar a contribuição dos cidadãos e eliminar o monopólio dos partidos (o sistema britânico poderia ser inspiração), adoptar um sistema presidencialista (como em França e na Alemanha mas não como na Rússia de Putin).
Três passos (haveria mais) que mudariam muito o regime político garantindo a democracia e que podem ser indispensáveis para uma efectiva implementação de reformas que são tão necessárias.
Mas são necessárias algumas bengaladas.
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