“Porta dos fundos” é sempre um
caminho maléfico-esperto. Por ele, talvez se entre e talvez um problema se
resolva. “Pela Porta dos Fundos” é a firma
produtora do filme “A Primeira Tentação de Cristo”, de 2016, mal classificado
pela crítica porque, de facto, é mauzote.
Edificante.
A questão levantou e continua a levantar enorme e violenta polémica no Brasil. Desde abaixo-assinados com mais de 2 milhões de assinaturas até ao lançamento de “cocktails Molotov” contra a sede da firma produtora, houve de tudo.
Se há liberdade de expressão para defender os caricaturistas de Ala como troglodita com uma bomba na cabeça (“Je suis Charlie”) porque é que a mesma não é legítima quando Jesus é retratado como maricas? Sim “maricas” como eram educadamente apelidados os “gays” no meu tempo de juventude. Quando não havia educação, eram apelidados fabricantes de panelas.
Mas hoje é socialmente admitido fazer parte de uma comunidade mais abrangente, a dos “LGBT”, ou seja Lésbicas + Gays + Bisexuais + Transgénicos.
No passado, os membros daquela comunidade eram discretos e, na sua enorme maioria tinham vergonha de o proclamar.
Hoje, afirmam-se como tal publicamente e quanto mais luz houver, melhor. Desde o vestir, as mãos dadas, os olhares, os beijos.
Se permitirem que eu também tenha
liberdade de expressão sem ofender ninguém, chegamos ao segundo ponto: não se deve
forçar ninguém a seguir as nossas convicções e deve-se respeitar as convicções
dos outros. Sou cristão por educação e
considero, porque estudei a sua história e não a da catequese, Jesus como uma das personalidades
mais marcantes da história da humanidade.
Não é pelo facto de Alexandre o Grande ter chorado a morte do seu amante Héfestion ou porque as tropas do grande César cantavam nos seus triunfos que ele era “o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens” (historicamente falso) ou porque a arma mais temível do exército grego, o Batalhão Sagrado de Tebas, ser constituído por 150 pares de amantes homossexuais (historicamente verdadeiro), que esta catacterística pode ser praticada sem pudor ou reserva ou não ser criticável hoje, mais de 2000 anos depois.
Nada do que é invocado para dar estatuto social ao LGBT justifica qualquer ofensa aos cristãos e às suas crenças e a “Pela Porta dos Fundos” foi inaceitavelmente insultuosa o que não é justificável à luz de qualquer tipo de liberdade.
Não sou hindu mas nunca troçaria do desmesurado respeito que eles têm pelas vacas. Não sou muçulmano mas nunca troçaria do modo das suas rezas, virados para Meca. Nunca troçaria das vestimentas e penteados dos judeus ortodoxos, etecetera.
No fundo, é tudo uma questão de educação, no seu sentido mais lato, e de respeito pelos outros.
Pela porta dos fundos? Nunca.
Não é pelo facto de Alexandre o Grande ter chorado a morte do seu amante Héfestion ou porque as tropas do grande César cantavam nos seus triunfos que ele era “o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens” (historicamente falso) ou porque a arma mais temível do exército grego, o Batalhão Sagrado de Tebas, ser constituído por 150 pares de amantes homossexuais (historicamente verdadeiro), que esta catacterística pode ser praticada sem pudor ou reserva ou não ser criticável hoje, mais de 2000 anos depois.
Nada do que é invocado para dar estatuto social ao LGBT justifica qualquer ofensa aos cristãos e às suas crenças e a “Pela Porta dos Fundos” foi inaceitavelmente insultuosa o que não é justificável à luz de qualquer tipo de liberdade.
Não sou hindu mas nunca troçaria do desmesurado respeito que eles têm pelas vacas. Não sou muçulmano mas nunca troçaria do modo das suas rezas, virados para Meca. Nunca troçaria das vestimentas e penteados dos judeus ortodoxos, etecetera.
No fundo, é tudo uma questão de educação, no seu sentido mais lato, e de respeito pelos outros.
Pela porta dos fundos? Nunca.
Sem comentários:
Enviar um comentário