Estou lá, com grande desgosto
e desânimo. Por causa da idade.
A P…da idade é uma triste realidade que nenhum decreto governamental poderá alterar.
Traz com ela inesperadas doenças (as p…) próprias da idade (“avançada”). Mas, dizem-me os jovens (que muito mais tarde, não repetirão o discurso) que a muita idade é o ponto alto do ser humano, em experiência e, nomeadamente, em sabedoria. Ora, sendo talvez evidente, tal experiência tem, no fundo, pouca adesão à realidade da expectativa humana.
A P…da idade é uma triste realidade que nenhum decreto governamental poderá alterar.
Traz com ela inesperadas doenças (as p…) próprias da idade (“avançada”). Mas, dizem-me os jovens (que muito mais tarde, não repetirão o discurso) que a muita idade é o ponto alto do ser humano, em experiência e, nomeadamente, em sabedoria. Ora, sendo talvez evidente, tal experiência tem, no fundo, pouca adesão à realidade da expectativa humana.
Experiência tem-se ao fim de
muitos anos, quer se queira quer não: boa ou má, útil ou descartável, saudosa
ou de pesadelo, frágil, que até se esquece, ou forte porque sempre presente.
E “ós pois”? Eu, se pudesse trocava tudo aquilo por ter menos 10, menos 30, menos 50 anos. Teria a experiência própria da idade e uma sabedoria (boa ou má) que, na realidade e conforme às leis da vida, cresceria comigo na alegria e na tristeza, no sucesso e na derrota.
Troco, sem hesitar, a sabedoria pela juventude, porque uma cresceria comigo e a outra desapareceria com o tempo. Claro que sim! A procura do milagroso elixir da vida, que sempre foi esperança humana e o sucesso da medicina e das técnicas de hoje, no prolongamento da vida com o retardar da velhice, são provas disso.
E “ós pois”? Eu, se pudesse trocava tudo aquilo por ter menos 10, menos 30, menos 50 anos. Teria a experiência própria da idade e uma sabedoria (boa ou má) que, na realidade e conforme às leis da vida, cresceria comigo na alegria e na tristeza, no sucesso e na derrota.
Troco, sem hesitar, a sabedoria pela juventude, porque uma cresceria comigo e a outra desapareceria com o tempo. Claro que sim! A procura do milagroso elixir da vida, que sempre foi esperança humana e o sucesso da medicina e das técnicas de hoje, no prolongamento da vida com o retardar da velhice, são provas disso.
Antes, saltava da cama num ápice, corria pelas ruas em fato de treino depois de regressar cansado do trabalho, nadava aos fins-de-semana (mal mas melhor do que o Alto Chefe), dormia como um anjo, comia e bebia o que bem me apetecia, não tomava remédios, nada no corpo era sinal de qualquer mal.
Era jovem com a sabedoria própria do passado, saudável.
Hoje? Uma desgraça, a
dificuldade em saír de qualquer posição, a falta de fôlego num passo mais
apressado, um inesperado e constante esquecimento (de tudo e de nada), uma
dieta para isto e para aquilo, uma dúzia de pílulas para isto e para aquilo.
Tudo atinje a negação do bem
da sabedoria a qual, ao contrário, me empurra na descoberta (nos livros, na
net, nas conversas com os idosos da minha idade) dos males que me afligem e que
são o desânimo dos médicos.
A idade? A PDI, a p… da idade? Uma enorme chatice, diria mesmo mais, seguindo os meus impulsos franceses, “une véritable m…”.
A idade? A PDI, a p… da idade? Uma enorme chatice, diria mesmo mais, seguindo os meus impulsos franceses, “une véritable m…”.
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