“Na primeira noite eles aproximam-se
E colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite já não se escondem,
Pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.”
Maiakovski,
poeta russo, “suicidado” após a revolução de Lenin.
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