domingo, 27 de março de 2016

Uma tragédia na emigração.


Não quero comentar em pormenor a tragédia ocorrida no passado dia 25 de Março em que morreram 12 emigrantes portugueses num desastre rodoviário em França.
Para além de não poder nem querer antecipar as conclusões da comissão de inquérito nomeada pelas autoridades francesas, o comentário teria muito de “políticamente incorrecto” e estaria ao arrepio das convicções de hoje de muitos dos meus concidadãos, nas quais o fado se mistura, à ignorância dos factos e ao azar.
No entanto, os órgãos de comunicação social começam a “corrigir o tiro” informando que o pequeno autocarro estava com o dobro da sua lotação, que uma imprudente ultrapassagem está ao mesmo nível de probabilidade da de uma desatenção por cansaço, que o jovem condutor de 19 anos (já constituído arguido) - com carta há apenas um ano e sem maturidade e experiência - poderia não estar habilitado para conduzir aquele tipo de veículo (o qual tinha um atrelado o que muito perturba a condução), que o veículo fazia parte de um “combóio” de mais quatro podendo ter havido imprudente pressa em os apanhar da que resultou eventualmente excesso de velocidade numa das estradas mais mortíferas de França.
Estou, no entanto, certo que houve irresponsabilidade e ilegalidade.
Uma tragédia com uma dimensão nunca atingida no passado, uma Páscoa triste para a comunidade emigrante portuguesa, para os familiares e amigos das vítimas e para todos nós.

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