Não quero comentar em
pormenor a tragédia ocorrida no passado dia 25 de Março em que morreram 12
emigrantes portugueses num desastre rodoviário em França.
Para além de não poder
nem querer antecipar as conclusões da comissão de inquérito nomeada pelas autoridades
francesas, o comentário teria muito de “políticamente incorrecto” e estaria ao arrepio das
convicções de hoje de muitos dos meus concidadãos, nas quais o fado se mistura,
à ignorância dos factos e ao azar.
No entanto, os órgãos de
comunicação social começam a “corrigir o tiro” informando que o pequeno
autocarro estava com o dobro da sua lotação, que uma imprudente ultrapassagem
está ao mesmo nível de probabilidade da de uma desatenção por cansaço, que o
jovem condutor de 19 anos (já constituído arguido) - com carta há apenas um ano
e sem maturidade e experiência - poderia não estar habilitado para conduzir
aquele tipo de veículo (o qual tinha um atrelado o que muito perturba a
condução), que o veículo fazia parte de um “combóio” de mais quatro podendo ter
havido imprudente pressa em os apanhar da que resultou eventualmente excesso de
velocidade numa das estradas mais mortíferas de França.
Estou, no entanto, certo
que houve irresponsabilidade e ilegalidade.
Uma tragédia com uma
dimensão nunca atingida no passado, uma Páscoa triste para a comunidade
emigrante portuguesa, para os familiares e amigos das vítimas e para todos nós.
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