O resultado final das
eleições presidenciais que conheci na passada 2ª feira não constituiram na sua
conclusão uma surpresa: uma muito elevada abstenção (51,16%) – a 2ª da U.E. - e a victória de MRS (51,99% que correspondem a
2.403.764 votos) que não precisou de uma 2ª volta, como para mim era evidente.
Era um desejo da
esquerda essa 2ªvolta, cega à realidade durante toda a campanha e que perdeu em
toda a linha, diga o que se disser.
Surpresas houve sim mas noutros campos:
O 3º lugar para o BE
(10,13% que correspondem a 468.406 votos), o desatroso resultado de Maria de
Belém (4,24%), o inesperado porque humilhante resultado obtido pelo PCP e a
fabulosa (de “fábula”) votação no Tino (3,29%: 151.933 votos!).
O que dizer, o que
pensar?
Espera-se que o futuro -
muito complicado e problemático na economia gobal, na política europeia - não
seja um inultrapassável entrave à intervenção de MRS que pode ser um
“catavento” para o PSD nas palavras do seu supremo líder Passos Coelho (o que
este negará a pés juntos ou “enquadrará” em circunstâncias...) mas que é um
homem preparado e sério para as funções que vai desempenhar. Cumprirá o que
prometeu em campanha e, sobretudo, no seu brilhante discurso de vencedor. Para
bem de Portugal, para bem de todos os portugueses sejam eles o que forem.
Na esquerda, a que MRS
não pertence, o PS está, após uma estratégia eleitoral incompetente e suicidária
e no meio de um fraccionamento interno que os resultados eleitorais só irão
agudizar, numa grande e perigosa encruzilhada de que o Bloco é, julgo, o
principal beneficiário.
Quanto ao PCP, sofreu uma inesperada e pesada derrota. É um sinal do início de uma insignificância social e eleitoral como aconteceu aos partidos comunistas de França, Espanha, e Itália? De um “desaparecimento”? Ou a sua arma sindical conduzirá a uma recuperação da sua passada força política? Não sei, mas o que me parece evidente é que o PCP perdeu uma significativa fatia do seu eleitorado tradicional com as camadas jovens a desempenharem funções de sapadores (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapador) políticos substituindo, de acordo com a lei da vida, o eleitorado tradicional mais velho. Vejam-se os resultados nos distritos “bastiões”:
Quanto ao PCP, sofreu uma inesperada e pesada derrota. É um sinal do início de uma insignificância social e eleitoral como aconteceu aos partidos comunistas de França, Espanha, e Itália? De um “desaparecimento”? Ou a sua arma sindical conduzirá a uma recuperação da sua passada força política? Não sei, mas o que me parece evidente é que o PCP perdeu uma significativa fatia do seu eleitorado tradicional com as camadas jovens a desempenharem funções de sapadores (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapador) políticos substituindo, de acordo com a lei da vida, o eleitorado tradicional mais velho. Vejam-se os resultados nos distritos “bastiões”:
Évora (11,52% PCP,
10,77% BE), Beja (15,58% PCP, 11,30% BE), Portalegre (7,13% PCP; 10,05% BE), Setúbal
(9,5% PCP, 12,97% BE)...
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