E assim vai uma campanha
presidencial com dez candidatos, sem ideias políticas, pobre e pouco mobilizadora.
Ora leia-se este muito
pouco repescado nos media:
- “(agradeço) o apoio assumido
pelo líder (...); em Roma quando alguém apelidava de “marcelo” queria
significar importante”, Marcelo Rebelo de Sousa (vencedor antecipado e com campanha
heterodoxa porque desnecessária) numa das suas múltiplas e simpáticas viagens
de contacto com o eleitor e que à política diz nada. O líder dele?...
- “A alternativa sou eu
(...) soldados rasos somos todos nós (...) não comi vichissoise (...)”, Sampaio
da Nóvoa (sem qualquer passado político ou governativo) num comício com 1.600
pessoas no Casal Vistoso em Lisboa. - “Socialista
sou eu (...) com gosto e com honra”, Maria de Belém (de discurso confrangedoramente
pobre) no almoço comício na Figueira da Foz. - “Não dou a minha confiança ao governador do BdP Carlos Costa”,
Marisa Matias na SEDES. E depois? Uma retirada de confiança que legalmente não
tem quaisquer consequências.
- “Não basta apupar, é
preciso mobilizar para derrotar a direita” , Edgar Silva (sem surpresas,
seguindo o habitual modelo do PCP) após os apupos a MRS no comício de 6.000
apoiantes na ex-FIl. Vetaria tudo que fosse contra os trabalhadores.
- “(...) mundo viciado
com regras pouco claras (...); Sócrates “vendedor de automóveis”? Um desastre
(...); a dívida está a ser empurrada com a barriga(...)”, Henrique Neto– em
cheio no alvo – crítico consciente do “estado a que isto chegou” mas que,
infelizmente, tem muito pouca audiência.
- “(...) Corrupção,
(...) corrupção “ refrão de Paulo de Morais (é uma verdade grande como uma
catedral, mas já chega e haveria muito mais para denunciar e corrigir).
- “(...) antes de
partirem não atirem a toalha ao chão (...)”, disse Tino de Rans (a simpatia em
pessoa mas porquê, como é possível? O que aconteceria se, por absurdo, ganhasse
a eleição na qual vai gastar 50.000 euros?), em Bruxelas no meio de emigrantes
e de febras com picante."Não vim aqui para a intrigalhada", exclamou ele no debate na RTP 1. Ah ganda Tino!
A esquerda dividida não
conseguirá ganhar (mais de 50% dos votos) à direita unida na 1ª volta. Que as
sondagens não querem dizer nada. Olhem que sim, olhem que sim...
“Lá
vamos chorando e rindo... Levados, levados sim.”
Reveja o resumo do
debate telivisivo de ontem 19 de Janeiro na RTP 1:
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