quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O 7º sexy





Para além das grandezas e misérias do futebol um dos assuntos que recentemente mereceu destaque nos órgãos noticiosos foi a lista dos políticos mais “sexy” do mundo.
Num rol de 200 personalidades o Coelho ocupa o 7º lugar!
Não lhe chegava ter chegado a 1º ministro, adjunto da Merkl e a quem se deve, segundo o próprio, a genial solução do problema grego, ser o 2º político mais aldrabão da nossa recente história, logo a seguir ao Sócrates, ter sido um 3º candidato à presidência do PSD, que finalmente venceu, ser o 4º filho de um casal profissional da saúde, cujo sistema, o SNS, ficou com a sua política às portas da morte, ser o inquilino de um 5º andar na Rua da Milharada em Massamá, ser o 6º primeiro-ministro não socialista dos governos constitucionais. Enfim, tirando a solução grega, esta série numérica não é curricularmente interessante e vai daí aparece candidato a um lugar no pódio dos 10 mais “quentes” políticos do mundo, do mundo “sexy”. Um 7º sexy, um sétimo céu, valha-nos Deus.
Azar ou injustiça: não conseguiu vencer os bonitões rei do Butão, que ganhou a medalha de ouro, presidente do México, que ficou com a de prata e Filipe VI rei de Espanha a que foi concedida a medalha de bronze. Dois reis e um presidente da república. É obra.
Em 4º lugar ficou Cristina Kirchner, o que merece entusiásticos aplausos, o 5º lugar é ocupado por outra beleza como é o presidente congolês Kabila e, mau grado uma eventual cunha do luxemburguês Jean Claude Junker, o Coelho não conseguiu obter o 6º lugar ganho pelo grão-duque do Luxemburgo. È o que dá ser-se plebeu e confiar-se nas amizades políticas.
A cegueira da coligação não permitiu utilizar este tema para um cartaz eleitoral, do género “Portugal à frente nas lindezas” ou “Portugal à frente no sexo”. Não seria totalmente verdade mas facilmente corrigido como é hábito do Coelho.
O visual do rapazola mudou muito desde o tempo das doces (casou com uma delas, a Fa, de quem tem uma filha, essa sim merecedora de um lugar no pódio) e também aprimorou as suas vestimentas e postura, próprias de um homem de estado que é hoje um nº 7 mundial. Aquilo também aconteceu com o seu antecessor (refiro-me à vestimenta e à postura), hoje nº 44 eborense.
Ser o 7º mais “sexy” é tão espantoso como o caso da nomeação de Kabila, mas não tanto se a escolha tivesse recaído no seu rival Costa, o qual em 1993 achou que um burro era melhor do que um Ferrari demonstrando estar muito longe dos padrões estéticos indispensáveis a uma candidatura a líder “sexy”. (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=678939).
A Kirchner é que deveria ter ganho a medalha de ouro não fossem os habituais preconceitos machistas os quais, mais uma vez, justificam as leis sobre “quotas”. Também a diferença de apenas dois lugares com o Kabila é estranha e, eventualmente, só é explicável por complexos de culpa.
Depois dos sucessos de Portugal em vários campos mundiais, nomeadamente na ciência, na alta finança, na política e no desporto (não esquecendo, claro, o futebol) só faltava o domínio do sexo que o casto português impedia de referir.
Este 7º lugar do Pedro é uma honra nacional (hoje em dia são concedidas tantas que uma desta natureza não destoa) a qual passará a constar nas crónicas futuras e a fazer sombra na História de Portugal à figura de D. Fernando “O Formoso”.
São parecidos.

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