Cartazes e outras imbecilidades.
Neste país (que ainda não saiu da crise, como a coligação de direita orgulhosamente apregoa, nem tem alternativa credível para dela sair, como o “principal” partido da oposição assegura desajeitadamente) em vez de se debaterem problemas vitais para o futuro do país, tais como o seu envelhecimento, o abandono das regiões interiores, a dramática falta de fontes produtivas, a defesa de um precioso e moderno “estado social” à beira da falência, as imprescindíveis, misteriosas e tão faladas reformas estruturais, nada.
Nada disto se debate e ocupa as discussões “intelectuais”.
Hoje as horas (e não só o “horário nobre”) das emissões televisivas são ocupadas (até ao enjoo) pelo futebol e por assuntos menores como o dos cartazes da campanha eleitoral ou como querelas sobre heranças do passado ou as variações das décimas (!) dos valores das estatísticas do crescimento ou do desemprego. É mau, é péssimo mas é assim.
E é vê-los e ouvi-los, jornalistas e comentadores. Todos pela defesa do estado democrático sufocante da voz do povo, todos pela cordial e amistosa querela partidária. Fulano? Tenho o maior respeito intelectual, mas. Sicrano? Como estão lembrados sempre elogiei o seu carácter…mas. Ora gaita, fulano e sicrano deveriam ocupar o lugar real que têm na mente do falante (aldrabão, mentiroso, eteceteraetal). Mas, sob a capa de um politicamente correcto, a personalidade é afagada e retribui o “afagamento”. Não há vergonha.
Cartazes? Ora, m…! E o desemprego? E a segurança social? E os recorrentes escândalos financeiros (agora paira uma sombra pelo Montepio)? E a produtividade e o crescimento económico? E os fogos que devoram floresta sobretudo, por deficiente prevenção, negligência e crime?
Tudo isto e mais serão menos importantes do que cartazes com figurantes estrangeiros alugados ou caras nacionais enganadas?
No entretanto, o número 44 de Évora vendeu o seu apartamento de luxo em Lisboa com grandes parangonas nos jornais. E “ós pois”’? Não pode? Só os muitos aldrabões que estão cá fora é que podem?
No entretanto, o Jesus andou em baldrocas com o Jonas, envia sms aos seus antigos jogadores e o Victória que se prepare se os encarnados voltarem a perder. Preocupante.
No entretanto houve facadas em Alguidares de Baixo e tiros em Bringelas de Cima.
Estes são alguns dos revelantes entretantos para não referir a magna questão da eventual candidatura à Presidência de Maria de Belém (os senhores Nóvoa, de Sousa, Santana e Rio ficaram muito preocupados).
Tudo acontecimentos importantíssimos.
“Silly season”? De que maneira, mais do que “silly”, mais do que estúpida em bom português.
Neste país (que ainda não saiu da crise, como a coligação de direita orgulhosamente apregoa, nem tem alternativa credível para dela sair, como o “principal” partido da oposição assegura desajeitadamente) em vez de se debaterem problemas vitais para o futuro do país, tais como o seu envelhecimento, o abandono das regiões interiores, a dramática falta de fontes produtivas, a defesa de um precioso e moderno “estado social” à beira da falência, as imprescindíveis, misteriosas e tão faladas reformas estruturais, nada.
Nada disto se debate e ocupa as discussões “intelectuais”.
Hoje as horas (e não só o “horário nobre”) das emissões televisivas são ocupadas (até ao enjoo) pelo futebol e por assuntos menores como o dos cartazes da campanha eleitoral ou como querelas sobre heranças do passado ou as variações das décimas (!) dos valores das estatísticas do crescimento ou do desemprego. É mau, é péssimo mas é assim.
E é vê-los e ouvi-los, jornalistas e comentadores. Todos pela defesa do estado democrático sufocante da voz do povo, todos pela cordial e amistosa querela partidária. Fulano? Tenho o maior respeito intelectual, mas. Sicrano? Como estão lembrados sempre elogiei o seu carácter…mas. Ora gaita, fulano e sicrano deveriam ocupar o lugar real que têm na mente do falante (aldrabão, mentiroso, eteceteraetal). Mas, sob a capa de um politicamente correcto, a personalidade é afagada e retribui o “afagamento”. Não há vergonha.
Cartazes? Ora, m…! E o desemprego? E a segurança social? E os recorrentes escândalos financeiros (agora paira uma sombra pelo Montepio)? E a produtividade e o crescimento económico? E os fogos que devoram floresta sobretudo, por deficiente prevenção, negligência e crime?
Tudo isto e mais serão menos importantes do que cartazes com figurantes estrangeiros alugados ou caras nacionais enganadas?
No entretanto, o número 44 de Évora vendeu o seu apartamento de luxo em Lisboa com grandes parangonas nos jornais. E “ós pois”’? Não pode? Só os muitos aldrabões que estão cá fora é que podem?
No entretanto, o Jesus andou em baldrocas com o Jonas, envia sms aos seus antigos jogadores e o Victória que se prepare se os encarnados voltarem a perder. Preocupante.
No entretanto houve facadas em Alguidares de Baixo e tiros em Bringelas de Cima.
Estes são alguns dos revelantes entretantos para não referir a magna questão da eventual candidatura à Presidência de Maria de Belém (os senhores Nóvoa, de Sousa, Santana e Rio ficaram muito preocupados).
Tudo acontecimentos importantíssimos.
“Silly season”? De que maneira, mais do que “silly”, mais do que estúpida em bom português.
Ora gaita!
Sem comentários:
Enviar um comentário