quarta-feira, 17 de junho de 2015

Passos Rabbit





Mito: crença claramente errada; relato próprio da fábula.
Mito urbano: forma moderna de folclore; história verdadeira ou não, consoante o contador. 

Consoante o contador...É preciso ter lata ó Passos Rabbit!

Lewis Carroll descreve a personalidade do “White Rabbit” do País das
Maravilhas como sendo uma antítese da jovem, corajosa e frontal  Alice. 
“Ó meu Deus, Ó meu Deus, vou chegar atrasado outra vez. Ó meu Deus, Ó meu Deus, não tenho tempo nem sequer para dizer olá, Ó meu Deus, Ó meu Deus…”. No final, confessa à vaca Clarabela “Não estou de facto atrasado, não tenho nenhum encontro, sou uma fraude”. Para além de convencido da sua pessoa, o “White Rabbit” é pomposo e prepotente para com os seus inferiores e obsequioso e subserviente para com as altezas.
O coelho de cá, o “Passos Rabbit”, é o que aldraba e desgoverna este desgraçado "País das Marabilhas".
O coelho de cá invocou os “mitos urbanos” para negar sorridentemente que alguma vez tenha incentivado a emigração de mais de 300.000 cidadãos (360.000 entre 2010 e 2013 de acordo com o “Emigração Portuguesa, Relatório Estatístico de 2014” do Observatório da Emigração, sendo de assinalar que as “saídas anuais” cresceram acentuadamente a partir de 2010 com 70.000 saídas, atingindo o valor de 110.000 em 2013 - fig. 6 da pág. 36 - ). A maior sangria que Portugal sofreu desde os anos sessenta do século passado.
Negou e desafiou que o provassem, o que no dia seguinte foi imediatamente feito pelos media, por exemplo:
http://www.tvi24.iol.pt/politica/passos-coelho/passos-ideia-de-que-incentivei-os-jovens-a-emigrar-e-um-mito-urbanohttp://www.publico.pt/politica/noticia/este-mito-urbano-nao-e-como-os-outros-existiu-1698380 

Estranhamente (ou não) a mentira teve “mil” vezes menos cobertura mediática do que a contratação de JJ para treinador do Sporting.

Para mais informação consultar a “net”, nomeadamente: 

Acho que existe alguma coincidência de caracter entre os dois coelhos, o de “White Rabbit” e o de “Passos Rabbit”.
O coelho de cá usa e abusa para consumo interno de um catedrático “o que significa portanto” (é muito culto e explica tudo muito bem) mas lá fora é humilde e servil recebendo ordens que cá dentro decreta, embora em campanha eleitoral tenha firme e repetidamente negado essa sua intenção (Ó meu Deus, Ó meus Deus, são tudo “mitos urbanos”). Como justificação, invoca o pacto assinado com a Troika esquecendo-se que foi muito para além do que nele se impunha. Teve o despudor de afirmar: 
“O PSD chumbou o PEC4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte do rendimento”. 
Depois, enquanto governo, foi o que se viu: o maior aumento de impostos da história recente e o corte brutal das pensões.
É preciso não ter vergonha na cara.
Com ar próprio de um barítono de opereta, de óculos intelectuais e sorriso de boca apertada tem repetidamente manifestado uma personalidade mentirosa (vejam-se as suas promessas eleitorais e o seu muito recente esquecimento de declarações feitas sobre a emigração).
O coelho de cá, como o da história, é uma fraude e se fosse personagem de contos (o que infelizmente não é) poderia exclamar: 
“Ó meu Deus, Ó meu Deus, não perguntem mais nada, mitos urbanos, mitos urbanos, tenho um encontro muito importante em Bruxelas e não quero chegar atrasado”.



Depois de um Sócrates sai-nos este outro Pinóquio. Estamos feitos. 
Ó Bunny_Man empresta lá o teu martelo.

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