terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O rei vai nu, Greta Thunberg


Todos conhecem ou deveriam conhecer a história.
Uns charlatães convenceram a corte e o rei serem possuidores de um tecido lindíssimo só visto por pessoas inteligentes, os parvos e estúpidos não tinham capacidades para o ver.
Os alfaiates aldrabões fizeram com o tecido mágico (que era o nada) uma roupagem para o rei destinada a um especial cortejo e apressaram-se a divulgar a ideia que tal sumptuosa vestimenta era só visível para os súbditos inteligentes. Os que não conseguiam ver a maravilha eram simplesmente estúpidos. 
                   


No alto de uma árvore estava empoleirado um
menino a quem não haviam explicado as propriedades mágicas da roupagem do rei... Ele olhou, não viu roupa nenhuma, viu o rei nu exibindo a sua enorme barriga e as suas nádegas murchas. Ficou horrorizado e não se conteve. Deu um grito que a multidão inteira ouviu:
«O rei vai nu!». 
Silêncio profundo. E uma gargalhada mais ruidosa que uma salva de artilharia. Todos gritavam enquanto riam: «O rei vai nu, o rei vai nu...». 
É o que acontece hoje com o fenómeno de uma menina sueca de 16 anos de seu nome Greta Thunberg. 



Esteve em todos os aerópagos internacionais: ONU, Parlamento Europeu, Vaticano, Forum Económico de Davos, etc. Recebida quase com “honras de Estado”.
Mas quem é esta menina? É uma adolescente sueca, activista ambiental, que falta às aulas desde 2018 apelando à realização de “greves escolares pelo clima”. Se a moda pega, a greve dos professores será uma minudência.
Foi diagnosticada com o síndroma de Asperger o que corresponde a um “transtorno obsessivo e compulsivo”, não se sabendo se é ou não uma condição distinta do “autismo altamente funcional”.
A adolescente, que teve especial atenção de Guterres, do Papa Francisco, de Sassoli, etc. é uma menina autista, uma adolescente diferente.
O seu discurso não traz nada de novo e que o cientista ou mesmo o cidadão comum não saiba, mas a importância mediática que lhe é dada prejudica a causa importantíssima que é a defesa do clima. 
Esta defesa é uma responsabilidade dos governantes porque só eles têm o poder para alterar os actuais factores que influenciam directamente a situação climática do planeta. 
Se nada for feito, como nos passados quase 30 anos (Conferência de 1992 das NU sobre a Mudança Climática), está-se a caminho de uma catástrofe ambiental que afectará grandemente as gerações futuras. É necessária uma empenhada e urgente acção política e, por mais que isso custe, a menina e tudo e todos que constituem o seu séquito são totalmente irrelevantes. 
”Ser diferente é um superpoder”... exclamou ela. Ela pequena cidadã é, de facto, diferente e não deveria merecer a obsessiva e exagerada atenção dos media que, pelos seus objectivos comerciais (a guerra das audiências e das tiragens) e seguindo a regra de ouro de dar ao povo o que ele mais gosta (como, por exemplo, o futebol e as telenovelas), não vêem o evidente: Greta só tem roupagem mágica, ou seja, nenhuma. “O génio vai nu”! 


E o Presidente Marcelo? O que também segue aquelas regras no seu comportamento político e que se pronuncia por tudo e por nada na sua qualidade de mais alto magistrado da nação, que diz ele? Depois de se abster de discursar no 1º de Dezembro, julgo por o tema ser muito delicado para com a nossa vizinha Espanha - a qual, entre outras malvadezas (que não são de hoje), corta o caudal dos nossos rios (os quais passaram por isso à categoria de torneiras) -  teve a preocupação de elogiar a Greta mas recusou-se a “tirar proveito” da sua passagem por Lisboa para não ser acusado de “aproveitamento político” (!).
Sim, Greta veio a Lisboa no fim de umas férias de 21 dias, em catamaran, a atravessar o Atlântico. Foi recebida pelo Presidente da Câmara, deputados e outros notáveis, mas populares eram muito poucos. Depois, irá, improvavelmente montada no burro que lhe foi ofertado pela cidade de Toledo, discursar em Madrid.
Ó Greta, ainda acabas por ser condecorada pelo Marcelo e a ser candidata a Prémio Nobel ou ser capa no “TIME”.
                       “Greves escolares pelo clima”
Já agora pergunto: o que pensam os pais? Suspeito que a empurram.
 


 



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