Talvez o PS venha a obter uma maioria absoluta mas, dada a prática
governamental, seria um aval ao nepotismo (o tão badalado “familygate”) e ao
jogo de cintura.
No PS nada escapa aos ataques e lamúrias, do PCP ao BE e à governação
anterior.
Simultaneamente, o PS ignora ou minimiza as crises na educação, nos
transportes, nas forças de segurança e as greves em vários sectores, que hoje
são, em número, o dobro das que ocorreram no tempo da “troika”.
Como é possível todo este mal-estar social e político associado a um
proclamado êxito na melhoria das condições de vida da população?
Do lado da oposição do centro direita as coisas não poderiam ser melhores
para o PS com o chefe do maior partido refugiado no Porto e completamente
afastado dos centros do poder que estão na capital. Fala e actua à distância
aparentemente convencido que inventou e manobra um “drone político”.
Talvez o cidadão não esqueça isto e, anestesiado com as repetidas
lembranças à melhoria dos salários e pensões, dê ao PS a tão desejada maioria.
Talvez que o estado das contas públicas seja um enorme logro eleitoral,
contradizendo credíveis instituições europeias, mas se assim se revelar haverá,
sempre e como é hábito, um culpado que viveu no passado.
O futuro
dirá.
Sem comentários:
Enviar um comentário