O homem está a
matar o planeta Terra.
São os plásticos,
a desflorestação, a caça e a pesca de espécies animais em vias de extinção, a
exploração não controlada das matérias prima, a poluição.
Tudo com o real
alheamento das autoridades nacionais e mundiais. Que sim, que vão implementar
medidas legais adequadas, garantem eles em conferências internacionais mas tudo
fica na mesma.
O nível de CO2 na
atmosfera aumenta com uma velocidade reconhecidamente catastrófica, o degelo já
visível e comprovado das calotes nos dois polos da Terra atinge proporções
alarmantes, a desertificação de largos territórios avança com o encolher de
ombros de responsáveis, os violentos fenómenos atmosféricos ocorrem com
inabitual frequência semeando morte e destruição posteriormente por eles
lamentados.
Tudo, com a
indiferença e complacência dos líderes mandantes. Porquê? Porque há interesses
mais altos. Os do dinheiro, como é o caso dos estados ocidentais, e os do
poder, como se passa com a China cujo objectivo é restabelecer um domínio à
escala planetária económico e militar. Lá chegará no curto/médio prazo.
O predomínio da
Europa já lá foi e o dos EUA para lá caminha.
E nas cidades
europeias, o que acontece? A poluição que não é de hoje (recorde-se o “smog”
britânico – smoke+fog – resultado do domínio da exploração do carvão associado
a muito específicas condições climáticas) é hoje agravada pela tecnologia
associada à energia de origem fóssil e à invasão incontrolável dos veículos
automóveis.
O aumento da
circulação automóvel é enorme e as suas consequências no ambiente é tal que
promoveu tecnologias, nomeadamente no tipo de energia utilizado, no passado
demasiado cara para ser estudada e implementada e hoje já não: em vez do
petróleo a electricidade. Eis a solução defendida pelos mandantes, desde os
autarcas aos governos.
Os carros movidos
a electricidade tiveram nos últimos tempos um desenvolvimento espectacular e
são hoje, pelo seu ainda elevado preço, um símbolo de importância social. Em
torno dele desenvolvem-se problemas muito particulares mas ainda não resolvidos:
autonomia, rede de abastecimento. Imagine-se o que seria para o comum dos
automobilistas estar limitado a uma viagem, da ordem de 300 km e, no final, não
ter ou ser difícil atestar o depósito do seu carro.
É a solução? Não.
A solução reside
em bons transportes públicos e na minimização da utilização do automóvel que,
no curto prazo, não perderá o seu carimbo no estatuto social.
Interesses há
muitos e muito poderosos: a utilização do “meu automóvel” continuará mesmo que
ela esteja a matar a cidade e está.
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