segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Boris e os seus antepassados turcos.




O Brexit tem sido ultimamente assunto muito debatido, o que se compreende não só pela sua importância para o futuro do Reino Unido (o que se passará com a Escócia e na Irlanda?) mas também pelas suas consequências na União Europeia.
No entanto, a data limite para uma saída, definida pela EU para o próximo dia 17 de Outubro, é um catalisador para mais e mais notícias sobre o Brexit, sobre as votações na Câmara dos Comuns e as várias correntes que nela se confrontam.
Boris Johnson, o novo primeiro ministro é uma personagem central dos vários actos que caracterizam a peça do Brexit. Desde o seu início.
Foi recentemente intimado a responder em tribunal por alegadas mentiras durante a campanha para o referendo do Brexit realizada em 2016. Numa sentença divulgada em 29 de Maio do corrente ano, a juíza Margot Coleman determinou uma audiência preliminar no Tribunal de Magistrados de Westminster para efeitos de eventual julgamento em tribunal criminal. A pena máxima é a de prisão perpétua. (France 24, 29 de Maio de 2019). 
Boris Johnson é considerado por muitos um homem inteligente, competente, com assomos de desvario e mentiroso.
Afirmou, por exemplo, que a entrada da Turquia na EU (cuja candidatura oficialmente apresentada em 1999 não consegue ultrapassar a oposição de vários países europeus, em particular França e Alemanha) é próxima e conduzirá à entrada no RU de 80 milhões de turcos…


                     


Recebi na passada semana um texto em inglês sobre a sua ascendência, de autor que desconheço. No entanto, bastará consultar a questão com qualquer motor de busca para se recolher muita informação. Fiquei surpreendido com o que nele se revela, achei-o interessante e apresento aqui um seu resumo em tradução livre: 
“(…) há cerca de 100 anos, o Ministro do Interior da Turquia era Ali Kemal Bey que fundara a “Anglophile Society” a qual advogava que a Turquia passasse a ser um protectorado britânico (como ao tempo eram o Kuwait, o Quatar e Johor).(…)
Quando, em Novembro de 1922, Ataturk completou a reconquista da Turquia libertando-a do controlo britânico, francês, italiano, grego e arménio, o seu colega o general Nureddin mandou capturar Ali Kemal, o qual foi linchado e pendurado numa árvore. (…).
O filho de Ali Kemal (avô de Boris Johnson), Osman Wilfred Kemal, mudou de nome para Wilfred Johnson, adoptando o apelido de solteira da sua avó materna.
Ali Kemal era um jornalista e um político tal como o foi o seu neto Stanley Johnson. Os filhos deste, Boris e Jo, foram ambos jornalistas e ministros e a irmã Rachel Sabiha Johnson manteve o apelido da segunda mulher de Ali Kemal. (…)


Ertugul Gaza o bey (governador de distrito) de Kavi e das tribos turcas Orghuz e o seu filho Osman devem estar hoje a sorrir da eternidade. Um dos seus descendentes (…) preside (hoje) aos destinos do antigo Império Britânico e prepara-se para retirar o RU da Europa. (…). 
Em 2008, no âmbito da sua candidatura à Câmara de Londres, Boris interessou-se muito sobre a sua família turca e  para descobrir as suas origens esteve em Istambul com o seu primo Selim Kuneralp.

Assim, descobriu que os seus antepassados são originários da vila de Cankiri a Norte de Ankara.
Um dos seus residentes afirmou que Boris devia a sua característica trunfa loira aos seus antepassados turcos e que estes apelidavam a sua casa como a dos “Rapazes Loiros”.



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