Acho piada ao Marcelo com as suas danças, beijocas,
eteceteretal. Acho piada ao Costa com as suas traiçõeszecas, o seu malabarismo,
o seu jeito para cataplanas gastronómicas e políticas. Acho graça a uma
Cristina com voz própria de sirenes de alarme e risos histéricos. Acho graça a
um ex-inspector da polícia judiciária presumível mandante de assaltos na zona
de Cascais e em outras a sul do Tejo. Acho piada ao “escondido” património de
Ricardo Salgado que, por incompetência e deshonestidade, enganou e arruinou
milhares de cidadãos (não dorme, coitado). Acho piada à impossibilidade de
afastar o Sr.Tomáz Correia da gestão do Montepio com a cumplicidade de um “milicioso”
padreca presidente da AG. Acho piada a um incompetente Pedro
Marques (ex-adjunto do incompetente ex-ministro Mário Lino), que defende um novo
aeroporto no Montijo (que se revelará uma anormalidade e um êrro técnico e
financeiro irreversível) e que teve um miserável mandato de governante, sendo
no entanto, o cabeça de lista do PS às eleições europeias. Acho piada que o
lindo jardim de Belém, à frente do palácio presidencial, seja transformado num
palco de greves de fome para chamar a atenção do PR, (foram os enfermeiros,
agora são os agentes da PSP e amanhã?). Acho piada à importância avassaladora
dada pelas estações televisivas ao futebol com catedráticos da bola e mestres do
absolutamente nada. Acho piada que o dinheiro das dádivas populares de apoio à
reconstrução do destruído pelos incêndios de Pedrógão Grande não tenha sido
devidamente registado e que seja considerado desaparecido ou desviado para
outros fins, com uma vergonhosa lavagem de mãos do governo.
Tudo piadas de muito mau gosto mas que, infelizmente, não
passam de vergonhosas realidades.
O Brexit? Os mortíferos e invulgares acidentes aéreos da
Boeing? A guerra sem fim na Síria? A situação política nos EUA? Os problemas na
UE? A questão delicadíssima da presidência na Argélia? A corrupção que grassa
em Portugal e que não poupa a política, os mais altos cargos empresariais, o
sacrossanto futebol, a polícia e até a justiça. A verdadeira história da banca
portuguesa (do BPN ao Montepio), com as
enormes responsabilidades da acção da partidocracia portuguesa (de Sócrates a
Costa), e o seu escandaloso descalabro (que continua com um vergonhoso e cúmplice
alheamento parlamentar)?
Tudo importantes e preocupantes questões mas para cujo
conhecimento é necessário recorrer, para algumas, à informação de “lá de fora” onde quase tudo
é debatido e transmitido regularmente e com naturalidade.
Somos Europa? Vou ali e já volto.
Tenho pena, muita pena, vergonha muita vergonha por quem
governa, por quem rouba impunemente e com desfaçatez este desgraçado país por
quem, imbecilmente, promove a estupidez, a pinderiquice e a ignorância.
“Une merde”.
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