A confusão reina no reino de Sua
Magestade Britânica. A história “para lamentar” do Brexit deixou atónitos os
seus espectadores.
A orgulhosa saudade do defunto
império e do seu domínio mundial, a alergia a tudo o que seja continental, a
recusa de aceitar o que lhe reduz um pingo de soberania (o que é compreensível)
mas a simultânea exigência de beneficiar das vantagens comerciais (e outras) de
uma integração na UE (o que não se pode aceitar), levou a um lamentável “divórcio”
próprio de uma república das bananas.
Depois de o 'Brexit' ter
conquistado 51,9% dos votos no Referendo que teve uma taxa de participação de
72,2%, os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido sai da União
Europeia.
O Tratado de Lisboa, assinado a
13 de dezembro 2007, prevê no seu artigo 50, a possibilidade de qualquer Estado
sair de forma voluntária e unilateral da União, negociando um acordo sobre o
quadro das futuras relações desse Estado com a União.
O “fluxograma” do divórcio é o
seguinte:
O prazo previsto para a negociação
de saída é de dois anos, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do
Estado-membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse período.
No entanto, o presidente do Conselho
Europeu, Donald Tusk, advertiu que será um processo moroso, estimando que
poderia levar no total cerca de sete anos, já que tudo tem de ser revisto e
renegociado, não apenas internamente, mas também na perspetiva dos acordos
vigentes entre o Reino Unido e o resto do mundo, uma vez que todos os acordos
comerciais internacionais (pelo menos 52) foram concluídos em nome da Europa.
(in DN de 24 Junho 2016)
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