sábado, 30 de março de 2019

O Brexit e o Artigo 50


A confusão reina no reino de Sua Magestade Britânica. A história “para lamentar” do Brexit deixou atónitos os seus espectadores.
A orgulhosa saudade do defunto império e do seu domínio mundial, a alergia a tudo o que seja continental, a recusa de aceitar o que lhe reduz um pingo de soberania (o que é compreensível) mas a simultânea exigência de beneficiar das vantagens comerciais (e outras) de uma integração na UE (o que não se pode aceitar), levou a um lamentável “divórcio” próprio de uma república das bananas.


Depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no Referendo que teve uma taxa de participação de 72,2%, os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido sai da União Europeia.
O Tratado de Lisboa, assinado a 13 de dezembro 2007, prevê no seu artigo 50, a possibilidade de qualquer Estado sair de forma voluntária e unilateral da União, negociando um acordo sobre o quadro das futuras relações desse Estado com a União.
O “fluxograma” do divórcio é o seguinte:

O prazo previsto para a negociação de saída é de dois anos, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse período.
No entanto, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, advertiu que será um processo moroso, estimando que poderia levar no total cerca de sete anos, já que tudo tem de ser revisto e renegociado, não apenas internamente, mas também na perspetiva dos acordos vigentes entre o Reino Unido e o resto do mundo, uma vez que todos os acordos comerciais internacionais (pelo menos 52) foram concluídos em nome da Europa.
(in DN de 24 Junho 2016)


quinta-feira, 14 de março de 2019

Piadas de mau gosto.


                                                  
Acho piada ao Marcelo com as suas danças, beijocas, eteceteretal. Acho piada ao Costa com as suas traiçõeszecas, o seu malabarismo, o seu jeito para cataplanas gastronómicas e políticas. Acho graça a uma Cristina com voz própria de sirenes de alarme e risos histéricos. Acho graça a um ex-inspector da polícia judiciária presumível mandante de assaltos na zona de Cascais e em outras a sul do Tejo. Acho piada ao “escondido” património de Ricardo Salgado que, por incompetência e deshonestidade, enganou e arruinou milhares de cidadãos (não dorme, coitado). Acho piada à impossibilidade de afastar o Sr.Tomáz Correia da gestão do Montepio com a cumplicidade de um “milicioso” padreca presidente da AG. Acho piada a um incompetente Pedro Marques (ex-adjunto do incompetente ex-ministro Mário Lino), que defende um novo aeroporto no Montijo (que se revelará uma anormalidade e um êrro técnico e financeiro irreversível) e que teve um miserável mandato de governante, sendo no entanto, o cabeça de lista do PS às eleições europeias. Acho piada que o lindo jardim de Belém, à frente do palácio presidencial, seja transformado num palco de greves de fome para chamar a atenção do PR, (foram os enfermeiros, agora são os agentes da PSP e amanhã?). Acho piada à importância avassaladora dada pelas estações televisivas ao futebol com catedráticos da bola e mestres do absolutamente nada. Acho piada que o dinheiro das dádivas populares de apoio à reconstrução do destruído pelos incêndios de Pedrógão Grande não tenha sido devidamente registado e que seja considerado desaparecido ou desviado para outros fins, com uma vergonhosa lavagem de mãos do governo.
Tudo piadas de muito mau gosto mas que, infelizmente, não passam de vergonhosas realidades.
O Brexit? Os mortíferos e invulgares acidentes aéreos da Boeing? A guerra sem fim na Síria? A situação política nos EUA? Os problemas na UE? A questão delicadíssima da presidência na Argélia? A corrupção que grassa em Portugal e que não poupa a política, os mais altos cargos empresariais, o sacrossanto futebol, a polícia e até a justiça. A verdadeira história da banca portuguesa (do BPN ao Montepio), com as enormes responsabilidades da acção da partidocracia portuguesa (de Sócrates a Costa), e o seu escandaloso descalabro (que continua com um vergonhoso e cúmplice alheamento parlamentar)?
Tudo importantes e preocupantes questões mas para cujo conhecimento é necessário recorrer, para algumas, à informação de “lá de fora” onde quase tudo é debatido e transmitido regularmente e com naturalidade.
Somos Europa? Vou ali e já volto.
Tenho pena, muita pena, vergonha muita vergonha por quem governa, por quem rouba impunemente e com desfaçatez este desgraçado país por quem, imbecilmente, promove a estupidez, a pinderiquice e a ignorância.
“Une merde”.