segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Três importantes coitados

                      
A semana que passou teve três personagens complexadas, duvidosas. Todas com comportamentos reveladores de deficientes personalidades.
Começa na Assembleia da República e acaba na Presidência. No meio, uma personagem que da raça portuguesa nada tem (é tempo de utilizar, num claro e inequívoco contexto, palavras há muito ostracizadas, como “raça”, “pátria”, “negro”).
No início foi a reacção de António Costa na Assembleia da República a uma pergunta, correctamente colocada, sobre a acção policial nos acontecimentos no bairro da Jamaica. O mestre negociador, primeiro-ministro do governo de Portugal, protestou injustificadamente à pergunta que lhe foi feita e fez referência à cor da sua pele: “Está a olhar para mim, deve ser pela cor da minha pele que me pergunta se condeno ou não condeno a violência” (!).
António Costa é de ascendência indiana e, dizem, da casta brâmane, a mais elevada, reservada a sacerdotes e letrados, nascidos da cabeça de Brahma criador do universo ou descendentes dos invasores arianos que povoaram a Índia por volta de 1600 a.C., reduzindo à escravidão a população nativa. É universalmente reconhecida a superior inteligência daquela raça. Assim, não se descortina razão para a destemperada reacção do António, excepto uma explosão de escondido complexo o que é uma tristeza.
No meio aparece uma estranha personagem de seu nome Mamadou Ba. Nasceu no Senegal em 1975.
Muito próximo do Bloco de Esquerda é “activista” e dedica-se à luta pelos direitos humanos dos migrantes e das “minorias étnicas”. É licenciado em Língua e Cultura Portuguesa pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar e titular de Curso de Tradutor pela Universidade de Lisboa.
A propósito dos incidentes no bairro da Jamaica, com distúrbios entre a polícia e população negra, declarou que “a polícia é uma bosta e não pode andar a pastar por aqui”. Linguagem reles, nada própria das funções e das habilitações da personagem. Claro que instrução (dizem que hoje há muita) é uma coisa e educação outra (que no antigamente havia). Aqui não houve educação.
Finalmente, o “mais alto magistrado da nação” (que um dia destes rebenta de vaidade como a rã da fábula), Marcelo Nuno Duarte.
Afirmou este sábado 26 de Janeiro no Panamá que “…se Deus me der saúde e se eu achar que sou a melhor hipótese para Portugal (tenho) uma grande vontade de me recandidatar " mas que “…a minha decisão é só em meados de 2020”. O habitual “sei que disse o que disse que não disse”.
O homem, que eu conheci pessoalmente como rapaz muito inteligente mas já na altura muito convencido e com o jogo de cintura próprio das meias verdades, está na mesma. Não é de confiança. Tem um passado controverso em particular no seu relacionamento com o salazarismo e no serviço militar que não cumpriu. Era filho do ministro do Ultramar e livrou-se dessa obrigação, a que estava sujeita toda a juventude portuguesa, sem recurso ao que era habitual: a fuga/deserção, o exílio político. Porque é que este indesmentível facto nunca foi investigado ou denunciado como o foi a “traição” de Manuel Alegre?
Esta não investigada situação já foi em tempos denunciada por quem é hoje um oficial general e que na altura era um simples “capitão de Abril”.
Três (entre muitas outras) “vergonhas”.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Vara dentro.


Finalmente uma vara foi enfiada.
Tadinho, um zero à esquerda e da esquerda a quem foram concedidos “canudos” e responsabilidades inconcebíveis em importantes empresas estatais. Finalmente, uma vara foi enfiada no bancário que virou banqueiro.
A natureza do processo "Face Oculta" é de criminalidade económico-financeira, destacando-se os crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Um pobre desgraçado que tivesse roubado uma maçã num supermercado teria sido preso, imediatamente julgado e punido. O bancário Vara, da classe política, roubou milhares de euros e o trânsito em julgado levou onze anos. Onze.
O número de arguidos de 34 cidadãos e 2 empresas é elevado.
Todos os arguidos foram condenados, sendo que 11 foram condenados a cumprir penas de prisão efectivas.
- Início da investigação: Outubro de 2008.
- Início do julgamento: Novembro de 2011.
- Sentença de primeira instância: Setembro de 2014.
- Trânsito em julgado: Janeiro de 2019.
Daqui as seguintes conclusões:
- Diferença entre sentença e trânsito em julgado: 4 anos e 4 meses (os tribunais superiores demoraram esse mesmo período de 4 anos e 4 meses para analisar os recursos apresentados).
- Como noticiado, a maior parte dos arguidos recorreu para a Relação do Porto onde o processo esteve durante 2 anos e 7 meses.
Estes factos são, sem dúvida e por comparação com padrões “ocidentais”, mais um exemplo de uma Justiça lenta, o que é mau, péssimo e, imagine-se, uma preocupação constante dos nossos governantes, em particular do Presidente Marcelo que muito recentemente declarou, na cerimónia de abertura do Ano Judicial, que a justiça lenta não é Justiça.
Sr. Presidente Marcelo, é tempo de limpar as mãos à parede. Deixe-se de “selfies”, sorrisinhos, beijinhos e telefonemas para "pivots" femininas. Perceba o que é! É Presidente da República Portuguesa! Tenha a postura adequada à maior posição do Estado! Deixe-se de discursos muito aplaudidos. Use, de facto, a sua magistratura de influência mas com dignidade. O homem não se enxerga!! A continuar assim o futuro deste "presidente do povo" será um "programa da manhã"! (Vasco Pulido dixit).
O ex-ministro Armando Vara, que foi condecorado em 2005 por Jorge Sampaio, vai perder a Ordem do Infante, por ter sido condenado a pena de prisão superior a 3 anos. Muitíssimo bem e é muito poucochinho.
Vara, foi, finalmente, “dentro”. Até que enfim. Faltam os outros que para vergonha do sistema democrático são muitos, demasiados.
“O rei vai nu” e ninguém, absolutamente ninguém, o veste!
Uma vergonha para o “sacro-santo” sistema democrático e para os métodos utilizados (legalmente!) pela advocacia nacional. Uma vergonhosa sucessão de recursos. Legal? Claro, mas uma tristeza. A advocacia é a garantia da justiça e não o seu adiamento e não a defesa do que é crime.
Compadrio? Corrupção? Provavelmente uma mistura “de merde”.