quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Engenharia é isto.



O afastamento dos engenheiros (os verdadeiros...) da política, o monopólio que nela passaram a ter os economistas e os juristas e a degradação das qualificações profissionais decorrentes de uma democratização estatística do ensino, cuja qualidade passou a ser aferida pelo número de licenciaturas e não pelo saber adquirido, são factos para mim induscutíveis mau grado as proclamações políticas em contrário. É estranha e interessante a coincidência daqueles factos com a mais do que evidente falta de qualidade dos actuais praticantes e dirigentes políticos.

Eis uma obra, nem sequer recente, da Engenharia. Há muitas mais que são o orgulho da minha profissão como, por exemplo, o Viaduto de Millau em França: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viaduto_de_Millau 
http://www.engenhariaeconstrucao.com/2011/02/viaduto-de-millau.html 
Esta mais alta ponte do mundo tem uma companheira na mais alta plataforma
marítima de exploração de gás que passo a apresentar resumidamente.

A “Troll A”é uma plataforma de extracção de gás natural localizada no alto mar
na costa oeste da Noruega.
Está entre as obras maiores e mais complexas da história da engenharia e é a construção mais alta transportada pelo homem de um ponto a outro do planeta (200 km).
O início da construção ocorreu em Julho de 1991, sendo construídas
separadamente a plataforma propriamente dita e a sua base.
A plataforma da “Troll A” foi rebocada mais de 200 km de Cubas, na parte
norte de Rogaland, para o campo de Troll, 80 km a noroeste de Bergen. O
transporte levou 7 dias. 
A união das duas partes da estrutura efectuou-se em 1995 estando a base
parcialmente submersa com a fundação 35 metros enterrada.
A “Troll A” tem uma altura total de 472 metros, dos quais 303 metros abaixo
da superfície do mar, pesa 683.600 toneladas (1,2 milhões de toneladas, com
lastro) e o percurso por elevador do convés principal até à sua base, no fundo, leva 9 minutos.
A sua estrutura tem 100.000 toneladas de aço (o equivalente a 14 torres
Eiffel) e 245 mil metros cúbicos de betão.
A obra custou de 16 biliões de dólares e mobilizou 2.000 mil operários, dia e
noite, durante 4 anos.

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