sexta-feira, 13 de março de 2020

O deficit e o coronavirus


                              
                   

O deficit é uma grandeza de natureza económica.
O seu valor máximo para os países da zona euro foi arbitrariamente limitado pela EU a 3%, valor que na prática não foi observado por alguns países ricos, como por exemplo a França, e drasticamente imposto aos países pobres, como por exemplo Portugal.
A saída de Portugal do processo de deficit excessivo foi muito festejado, pondo-se em surdina uma obscena dívida pública. No entanto, se ocorrer uma crise económico-financeira semelhante à de 2008, Portugal ficará muito mal e, pelo actual comportamento das entidades governamentais, todos os acontecimentos que a anunciarão serão calados ou arrogantemente negados. “É a economia, estúpido”.
                                                
Vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") é um agente infeccioso em geral muito perigoso para a saúde.
Tem uma estrutura extremamente pequena - 20-300 nanom (10E-9 m) de diâmetro – sendo por isso necessária a utilização dos microscópios electrónicos para uma sua visualização.
O vírus não é considerado um organismo: é um parasita incapaz de crescer em tamanho ou de se dividir; depende das células para se multiplicar.
Fora do ambiente intracelular o vírus é inerte. No entanto, uma vez dentro da célula, a sua capacidade de replicação é enorme: um único vírus é capaz de replicar, em poucas horas, milhares de novos vírus capazes de infectar seres vivos de todos os grupos.
Os coronavírus pertencem a uma família de vírus cuja infecção afecta o sistema respiratório. Uma sua ocorrência pandémica, isto é em todos os continentes, tem desastrosas consequências económico-financeiras. Recentemente, instalou-se uma pandemia de uma mutação do vírus SARS-CoV-2 que provoca uma doença baptizada “COVID-19” (Corona-Virus-Doença-2019) e Portugal viu-se confrontado com as suas consequências. O palavreado por cá utilizado foi confuso, contraditório e fora de tempo. O crédulo cidadão - habituado a tal palavreado no domínio da governação económico-financeira - nunca suspeitou que tal se pudesse passar com a Saúde. Mas foi o que aconteceu.
De facto, anteontem, dia 11 de Março, era publicitado, após várias horas de reunião de órgãos consultivos da área da saúde com membros do governo, o seguinte: Só devem ser encerradas escolas públicas ou privadas por determinação das autoridades de saúde o que “faz sentido” (e que) o encerramento de escolas será feito de forma casuística analisando o risco, caso a caso, situação a situação, tendo sido decidido que o fecho das escolas não é necessário e que o cidadão só tem que respeitar e confiar nas autoridades de saúde.
Estas decisões foram publicamente avalizadas pelo Sr. Primeiro Ministro, pela Srª Ministra da Saúde, pela Srª Directora Geral da Saúde, pelo Sr. Director da Cruz Vermelha e pelo Conselho Nacional de Saúde Pública.   
                                  (in jornal "Observador")
Poucas horas depois, o Governo e a Direcção Geral de Saúde deram uma volta de 180º: todos os estabelecimentos de ensino são encerrados, há uma redefinição das prioridades operacionais das forças de segurança, admite-se uma situação de emergência de saúde pública e é definido um regime de quarentena.
Porquê só agora? Porquê declarações completamente contraditórias separadas por escassas horas? Escassíssimas horas.
Será uma coincidência as garantias, de natureza económica e financeira, dadas pela EU naquele período, numa invulgar videoconferência realizada horas antes com os diversos governos?
Não e é provável que o Governo e os seus apêndices tenham andado a adiar o inevitável por razões que nada têm a ver com a saúde dos cidadãos. 
Recearam o colapso do Sistema Nacional de Saúde (subfinanciado desde o governo Passos/Portas) por uma sua imediata intervenção? Reforçaram os seus equipamentos, o seu pessoal? Não. Ou colocaram o deficit, o cumprimento das regras da EU, a economia e as finanças públicas, acima da saúde pública?

E o Sr. Presidente da República tão verboroso por tudo e por nada? Calado até hoje, altura em que deu o seu total apoio às decisões governamentais. Não sei se do palácio de Belém se da sua "tenda" de Cascais para onde se refugiou (lembra-me a reacção da família real depois do sismo de 1755: abandonou o Terreiro do Paço onde se situava o palácio real (destruído) e foram instalar-se em luxuosas tendas no Alto da Ajuda, a "Real Barraca da Ajuda").

Precauções essenciais para reduzir o risco de contágio:
1 - Evite concentrações de pessoas, sejam elas sociais ou familiares.
2 - Mantenha uma distância a qualquer pessoa superior a 2,5 m.
3 - Evite o contacto com superfícies utilizadas frequentemente por outras pessoas, tais como corrimãos, maçanetas de portas, tampos de mesas, teclados, telemóveis, etc.
E ainda:

Receita para gel desinfectante:

--2/3 de uma chávena (aproximadamente 150 mililitros) de álcool etílico ou isopropílico (a 96%) ;
--1/3 de uma chávena (aproximadamente 75 mililitros) de gel de aloé vera;
5 a 10 gotas de um óleo essencial (opcional).

Ou:

--2/3 de uma chávena (aproximadamente 150 mililitros) de álcool etílico ou isopropílico (a 70%) ;
--Até 25 mililitros de gel de aloé vera;
5 a 10 gotas de um óleo essencial (opcional).