Ele pode ser incomodativamente subserviente ou desavergonhadamente
familiar ou auto elogioso. Será como lhe for melhor ou, na altura, o que lhe for conveniente e será o resultado de como
ele de facto é porque, como dizem os franceses, “chassez le naturel il revient
au galop”.
Como foi com sua majestade britânica?
Marcelo, afastado de Isabel, como deve
ser protocolarmente e mandam as regras da boa-educação, beijou a mão que lhe
foi estendida.
Depois, informou, que quando da 1ª visita de Isabel a Portugal ele era
uma criança com oito anos e que, para vê-la, estava na 1ª fila do Terreiro do
Paço. Isabel riu-se e pareceu encantada com o menino grande e a sua divertida
conversa.
No limite do infantil ridículo.
No limite do infantil ridículo.
Eu, lisboeta, não sei o que é a primeira fila daquela belíssima praça e
não acredito que a criança estivesse sentada na tribuna reservada às
personalidades. Julgo, também, que naqueles tempos as criancinhas não agitavam
bandeiras nacionais, como hoje, porque se assim fosse Marcelo certamente não se
teria esquecido de referir que o tinha feito.
Eu só me lembro de Craveiro Lopes com um bicorne de gala emplumado e no
coche ao lado de uma muito jovem rainha. Claro que também me recordo da
exclamação do “Ó Isabel olha o relógio” que muito rapidamente se tornou
popular.
Passados poucos dias, os reis de Espanha iniciam uma visita de estado a
Portugal.
Ele Felipe VI não é um espanhol de velha estirpe mas um Bourbon, descendente
de Philipe duque de Anjou, neto de Luís XIV de França e seria o futuro Felipe V
de Espanha (Versailles 1683-Madrid 1746).
O rei teve um muito afável, amigo e exemplar comportamento. Embora homenageando D. Afonso Henriques ignorou, em Guimarães, o marco histórico ligado aos duques de Bragança cujo palácio era propriedade do rei D. João IV, grande de Espanha mas chefe dos que promoveram a independência de Portugal rejeitando Felipe IV (casa de Hasbourg).
O rei teve um muito afável, amigo e exemplar comportamento. Embora homenageando D. Afonso Henriques ignorou, em Guimarães, o marco histórico ligado aos duques de Bragança cujo palácio era propriedade do rei D. João IV, grande de Espanha mas chefe dos que promoveram a independência de Portugal rejeitando Felipe IV (casa de Hasbourg).
Assim, a sucessão recente de reis Felipes em Espanha pode traduzir-se
sumariamente por Felipe IV que continuou a arruinar Portugal, Felipe V que iniciou em
Espanha uma dinastia de raíz francesa e Felipe VI que nesta sua visita revelou
sair aos seus, com avós e pai muito amigos de Portugal.
Letícia? Muito reservada, em 2º plano e afastada dos acontecimentos.
Marcelo, puxou-lhe pelo braço e depois, familiarmente, ferrou-lhe dois
beijinhos como o Paulinho nas feiras.
Mal, muito mal. Marcelo não abraçou, e bem, Felipe VI, nem o tratou por
“pá”.
Marcelo lembrou em castelhano ao rei de Espanha a antiga amizade que
une os dois países, (o que historicamente é uma fantasia, ontem e hoje) e não
se lembrou, felizmente, de o condecorar com a ordem militar de Avis.
Sugiro que a visita dos reis de Espanha seja prolongada por um dia. Que
termine no final de 5ª feira, dia 1 de Dezembro.
E Marcelo continua o seu caminho. Tem hoje 97% de popularidade mas até quando? Se continuar a falar publicamente comentando tudo e nada qualquer dia ainda se espeta.
E Marcelo continua o seu caminho. Tem hoje 97% de popularidade mas até quando? Se continuar a falar publicamente comentando tudo e nada qualquer dia ainda se espeta.