terça-feira, 22 de setembro de 2015

Amigos, inimigos e o "EI"



Se está confuso com o que se passa no Médio Oriente e com a guerra contra o “Estado Islâmico”, leia uma carta publicada no “Daily Mail” há pouco mais de um ano (a 5 de Setembro) e cuja tradução aqui reproduzo, com a devida vénia, em tradução livre. 
“Claro como lama.
Está confuso com o que se passa no Médio Oriente? Deixe-me explicar. Apoiamos o governo do Iraque na sua luta contra o EI. Não gostamos do EI mas o EI é apoiado pela Arábia Saudita de que gostamos.
Não gostamos do presidente Assad da Síria. Apoiamos a luta contra ele mas não o EI que também luta contra ele.
Não gostamos do Irão mas o Irão apoia o governo do Iraque contra o EI. Assim, alguns dos nossos amigos apoiam os nossos inimigos, alguns dos nossos inimigos são nossos amigos e alguns dos nossos inimigos lutam contra os nossos inimigos que desejamos derrotar mas não queremos que os nossos inimigos que lutam contra os nossos inimigos vençam. Se os que desejamos derrotar são derrotados podem ser substituídos por outros de quem gostamos ainda menos.
Tudo isto começou com a nossa invasão de um país do qual queríamos expulsar terroristas os quais, de facto, não estavam lá até nós lá chegarmos para os expulsar.
Perceberam agora?”

Aubrey Bailey, Fleet, Hants

(i100.independent.co.uk)

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Numeração romana



Na numeração romana, para números superiores a 4900, cada barra sobreposta a uma letra ou a um grupo de letras multiplica o seu valor por mil:




Em Portugal a numeração romana foi substituída pela denominada numeração árabe, no século XV.
Correspondência entre a numeração hindo-arábica e a numeração actual:

 

domingo, 13 de setembro de 2015

César Borgia


“ Aut Caesar aut Nihil” (sê imperador ou nada) 
César Borgia. Nasceu em Roma em 1475 e faleceu com 32 anos em Navarra (1507).
Era filho do cardial Rodrigo Borgia (futuro papa Alexandre VI), natural de Valência, e de Vanozza Catanei, patrícia romana.
Foi eclesiástico, militar e político.
Com 17 anos foi nomeado bispo de Pamplona e arcebispo de Valência. Era cardeal com 18 anos. Abandona a carreira eclesiástica e é feito duque pelo rei Luís XII de França. Casa com a filha do rei de Navarra.
Com o auxílio do seu pai tenta criar um principado na Romagne (França) propriedade de Catarina Sforza.
Violento e calculista matou pelo “ferro, o veneno e a corda” a maioria dos nobres da região e fez-se duque de Romagne. Em 1502 convidou os seus principais inimigos para o castelo de Senigallia e mandou assassiná-los.
Preso pelo papa Júlio II foi, logo que libertado, enviado para Espanha cujo rei Fernando II, “O Católico”, não lhe perdoara o apoio dado a Luís XII nas
guerras contra a França. César Bórgia refugia-se então junto do seu cunhado o rei de Navarra e com ele parte para a guerra contra a Espanha. Morre no cerco a Viana.
César Bórgia foi uma personagem criminosa, violenta, ambiciosa e sem escrúpulos. Foi acusado de ter mandado matar o seu irmão João, duque de Gandia (Valência), para ocupar o seu cargo de capitão-geral da Igreja, e de ter mantido uma relação incestuosa com a sua irmã Lucrécia, acusações estas provavelmente falsas e com origem no seu inimigo mortal o cardeal Giuliano della Rovere, futuro papa Júlio II.
Leonardo da Vinci entra ao seu serviço em 1502 e trabalha para ele apenas durante dois anos. 
Tirano e príncipe italiano da Renascença serviu de modelo à obra “O Príncipe” de Machiavel.