sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Mais pérolas da "presidenta"


                                                                                        
Já me referi em finais de Fevereiro de 2014 ao vocabulário da “presidenta” Assunção Esteves. O meu estado de espírito não é de forma nenhuma o da perseguição (bem pelo contrário as falas da senhora divertem-me imenso) mas quando surgem mais “neologismos indecifráveis da família dos hieróglifos”, não resisto em dar deles conhecimento. Assim, aqui vai.
Texto retirado de um despacho de Assunção Esteves, quando da sua passagem pelo Tribunal Constitucional:

"Nenhum critério densificador do significado gradativo de tal diminuição quantitativa de dotação e da sua relação causal como início do procedimento de requalificação no concreto e específico orgão ou serviço resulta de previsão legal, o que abre caminho evidente à imotivação...".
Desafia-se qualquer um a traduzir isto.
O mesmo desafio estende-se à frase por ela proferida em recente entrevista (já como Presidente da Assembleia da República):
“…Houve um inconseguimento do soft power sagrado da Europa”.

E outras e mais outras do mesmo calibre: “nível frustracional derivado da crise” (e não só da crise, acho que o Sócrates também é responsável pelo clima frustracional em que vivemos), “ainda mais perigoso o da Europa não se sentir conseguida” (vide, como consequência e simples exemplo da visão política da “presidenta”, a guerra na Ucrânia), “o conseguimento pessoal e colectivo, tenho medo do não conseguimento” (ó senhora não tenha medo do que não existe!).
Há gente que devia ser proibida de escrever e falar, mesmo sendo a segunda figura do Estado, o que levantaria problemas caso fosse invocada uma inadequação às funções exercidas que o Tribunal Constitucional resolveria de uma penada invocando o direito constitucional à livre expressão e, no caso vertente, à asneira.
Nem mesmo os ares da praia lhe arejam o espírito.                                            

                                                 (in “DN” de 9 de Agosto de 2012)