sábado, 31 de maio de 2014

Significado de ditos populares


“Cor de burro quando foge”.

Vem de: corro de burro quando fujo!

“Quem tem boca vai a Roma”.

Vem de: quem tem boca vaia Roma”.

“É a cara do pai escarrado e cuspido”.

Vem de: é a cara do pai em carrara esculpido.

”Quem não tem cão caça com gato”.

Vem de: quem não tem cão caça como gato (ou seja, sózinho).

“Isto não é a casa da Joana!”.

No Brasil do século XIX, os homens que realmente mandavam no país costumavam encontrar-se numa “casa de meninas” do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como nessa casa esses homens não mandavam no país, a expressão “casa da mãe Joana” ficou como sinónimo de “lugar em que ninguém manda”.

”Conto do vigário”.

Duas igrejas de Ouro Preto, no Brasil, receberam como presente uma imagem de uma santa. Para decidir qual das duas igrejas ficaria com a imagem, os respectivos párocos decidiram recorrer à decisão de um burro: colocado entre as duas igrejas aquela para a qual o burro se dirigisse ficaria com a imagem. E o burro caminhou directo para uma delas... Mais tarde, veio a descobrir-se que um dos vigários tinha treinado o burro, e “conto do vigário” passou a significar “falcatrua, malandragem”.

”A ver navios”.

O rei D.Sebastião morreu em Marrocos na batalha de Alcácer-Quibir. O povo português passou a ser governado por um rei castelhano e recusou-se a acreditar na morte do seu jovem rei, esperando o seu regresso. Era habitual as pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina em Lisboa, na esperança de ver o seu saudoso rei regressar à Pátria. O povo ficava, assim, a ver navios.

”Não percebo patavina”.

Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender os frades italianos patavinos, originários de Pádua. Não entender  patavina significa “não entender nada”.

”Dourar a pílula”.

Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remédio. A expressão dourar a pílula passou a significar “melhorar a aparência”.  

”Sem eira nem beira”.

Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira (a parte mais alta do telhado). As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado, então construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira” que passou a significar “pessoa pobre”.



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