“Cor de burro quando foge”.
Vem de: corro de burro quando fujo!
“Quem tem boca vai a Roma”.
Vem de: quem tem boca vaia Roma”.
“É a cara do pai escarrado e cuspido”.
Vem de: é a cara do pai em carrara esculpido.
”Quem não tem cão caça com gato”.
Vem de: quem não tem cão caça como gato (ou seja,
sózinho).
“Isto não é a casa
da Joana!”.
No Brasil do século XIX, os homens que realmente mandavam
no país costumavam encontrar-se numa “casa de meninas” do Rio de Janeiro cuja
proprietária se chamava Joana. Como nessa casa esses homens não mandavam no
país, a expressão “casa da mãe Joana” ficou como sinónimo de “lugar em que
ninguém manda”.
”Conto do
vigário”.
Duas igrejas de Ouro Preto, no Brasil, receberam como
presente uma imagem de uma santa. Para decidir qual das duas igrejas ficaria
com a imagem, os respectivos párocos decidiram recorrer à decisão de um burro:
colocado entre as duas igrejas aquela para a qual o burro se dirigisse ficaria
com a imagem. E o burro caminhou directo para uma
delas... Mais tarde, veio a descobrir-se que um dos vigários tinha treinado o
burro, e “conto do vigário” passou a significar “falcatrua, malandragem”.
”A ver navios”.
O rei D.Sebastião morreu
em Marrocos na batalha de Alcácer-Quibir. O povo português passou a ser
governado por um rei castelhano e recusou-se a acreditar na morte do seu jovem
rei, esperando o seu regresso. Era habitual as pessoas subirem ao Alto de Santa
Catarina em Lisboa, na esperança de ver o seu saudoso rei regressar à Pátria. O
povo ficava, assim, a ver navios.
”Não percebo
patavina”.
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender os
frades italianos patavinos, originários
de Pádua. Não entender patavina significa “não entender nada”.
”Dourar a pílula”.
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas
em papel dourado para melhorar o aspecto do remédio. A expressão dourar a
pílula passou a significar “melhorar a aparência”.
”Sem eira nem beira”.
”Sem eira nem beira”.
Dizem que
antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a
beira e a tribeira (a parte mais alta do telhado). As pessoas mais pobres não
tinham condições de fazer este telhado, então construíam somente a tribeira
ficando assim “sem eira nem beira” que passou a significar “pessoa
pobre”.
Sem comentários:
Enviar um comentário